Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
NOVA REGRA
21.01.2023 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

PEC obriga Governo a pedir aval da AL para intervenções em MT

Parlamentares afirmaram que análise das intervenções no Legislativo está na Constituição Federal

Reprodução

Ilustração

GUSTAVO CASTRO
DA REDAÇÃO

Os deputados estaduais aprovaram uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que obriga o Governo a precisar de aval da Assembleia Legislativa para baixar decretos de intervenção no Estado. A medida foi promulgada e assinada pelo presidente do Legislativo, Eduardo Botelho (União).

 

A proposta acontece após o governador Mauro Mendes (União) decretar a intervenção na Saúde da Capital sem a necessidade de passar pela mão dos deputados. Mendes cumpriu a decisão do desembargador Orlando de Almeida Perri, que atendeu um pedido do Ministério Público Estadual.

 

Para justificar a PEC, os parlamentares citaram como o exemplo o decreto na intervenção da Segurança Pública do Distrito Federal, assinado pelo presidente eleito Lula (PT), após vândalos invadirem e depredarem a sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

 

À época, após a publicação no Diário Oficial, o decreto passou pela votação na Câmara dos deputados e no Senado e foi aprovado.

 

Segundo os deputados, a análise das intervenções pelo Legislativo está previsto na Constituição Federal. Contudo, não existe uma regra estadual que obrigue o Governo a submeter o decreto à votação da Assembleia.

 

Deste modo, para evitar que novas intervenções aconteçam sem o aval da Casa de Leis, os parlamentares fizeram uma alteração no texto.

 

"A Assembleia Legislativa designará Comissão Temporária Externa destinada a acompanhar a execução e os desdobramentos da intervenção", diz trecho da emenda.

 

"No caso do inciso IV do art. 35 da Constituição Federal, de ofício ou mediante representação do interessado, o governador decretará a intervenção e submeterá o decreto, com a respectiva justificação, dentro de vinte e quatro horas, à apreciação da Assembleia Legislativa, que, se estiver em recesso, será para tal fim convocada, bem como comunicará ao Presidente do Tribunal de Justiça os efeitos da medida", narra outro trecho.

 

O texto diz ainda que o interventor deverá prestar contas de seus atos ao governador, à Assembleia Legislativa e à Câmara Municipal, como se fosse prefeito.

 

A emenda foi assinada nesta sexta-feira (20) e já passa a valer.

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