A Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) criticou a suspensão do Plano Safra 2024/2025 pelo governo Lula nesta sexta-feira (21). Segundo a entidade, a suspensão do financiamento aos produtores gera insegurança e é uma medida contraditória, já que o país passa por um momento de inflação em alta.
“A suspensão dos financiamentos do Plano Safra 2024/2025 pelo governo federal é uma medida que gera preocupação e insegurança para os produtores rurais e para toda a cadeia produtiva do agronegócio. A decisão compromete não apenas a estabilidade financeira dos agricultores, mas também a segurança alimentar e econômica do país”.
“Apesar de falar em diminuição de preços dos alimentos, o governo tem adotado políticas que aumentam a inflação, criando um cenário contraditório que não fecha a conta”, manifestou a entidade através de nota.
De acordo com a associação, o crédito rural do Plano Safra garante que produtores tenham acesso a recursos para custear as lavouras, investir em tecnologia e manter a competitividade no mercado nacional e global. Sem esse apoio, muitos produtores enfrentarão dificuldades para financiar suas operações, diz.
Ainda segundo a Aprosoja, a consequência direta é a redução da área plantada, a queda da produtividade e no aumento dos custos operacionais. Além disso, reflete diretamente no abastecimento interno, influenciando o preço dos alimentos e pressionando a inflação.
“Soja e milho são insumos essenciais para a cadeia produtiva de proteínas, e qualquer dificuldade na produção desses grãos afeta diretamente o preço da carne, do leite e dos ovos, prejudicando toda a população, especialmente as famílias de menor renda. Além disso, a medida coloca em risco a posição do Brasil no mercado internacional”.
De acordo com o governo Lula, a justificativa para a suspensão do Plano Safra foi a não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025 até o momento pelo Congresso.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, houve aumento nos gastos “devido à forte elevação dos índices econômicos. A FPA aponta aumento na taxa Selic, de 10,50% em julho de 2024 para 13,25% em janeiro de 2025, que teria sido impulsionada pela “falta de responsabilidade fiscal do governo e desvalorização da moeda”.
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