Cuiabá, Domingo, 7 de Setembro de 2025
GUERRA ÀS FACÇÕES
08.01.2025 | 17h20 Tamanho do texto A- A+

Assembleia de MT aprova lei que endurece regras em presídios

Projeto do Governo do Estado é uma ferramenta para conter o avanço do crime organizado

Angelo Varela/ALMT

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho

DA REDAÇÃO

A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (8), em segunda votação, o projeto de lei do Executivo estadual endurecendo as regras nos presídios de Mato Grosso.

Considera-se falta grave, passível de pena de demissão, o uso de celulares por servidores em desacordo com esta lei

 

A matéria, que aumenta recebeu um sustitutivo integral e foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares.

 

O projeto foi elaborado no âmbito do Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado, lançado no ano passado pelo Governo de Mato Grosso com o objetivo de combater o avanço das facções criminosas. 

 

No artigo 1º, o texto estabelece regras básicas no âmbito das unidades penais, e cita o funcionamento dos raios de segurança, das visitas, proíbe telefones celulares, proíbe atividades comerciais, além de discipliar sobre procedimentos de segurança, de revista e de entrada de pessoas.

 

Com a aprovação, fica proibida a entrada de aparelhos celulares, smartphones e qualquer outro dispositivo eletrônico que permita comunicação. Neste caso específico, será permitido o uso de celulares funcionais para atender as necessidades operacionais e de segurança.

 

"Considera-se falta grave, passível de pena de demissão, o uso de celulares por servidores em desacordo com esta lei e os regulamentos que o disciplinar", diz outro trecho.

 

Os deputados mantiveram as cantinas no interior dos estabelecimentos, mas com gestão feita pelo Estado. 

 

Outro trecho disciplina os raios de segurança máxima nas unidades penais. Nestes locais, o preso deverá ficar em celas individuais. Os raios deverão ter monitoramento de vídeo e áudio, "com o objetivo de preservar a ordem interna e a segurança pública, sendo permitida a instalação de equipamentos em áreas abertas de dormitórios das celas".

 

"Serão transferidos para os raios de segurança máxima presos, condenados definitivamente ou provisoriamente, cujo comportamento justifique a medida, seja para a garantia da segurança pública, seja para a do próprio preso", diz trecho do documento.

 

Na justificativa, o Governo cita que o objetivo é estabelecer o modelo construtivo, o funcionamento e a designação de pessoas em privação de liberdade para os raios de segurança máxima no âmbito das unidades penais de Mato Grosso.

 

“Considerando o contexto crescente de insegurança, marcado pela atuação das organizações criminosas, as medidas administrativas de recrudescimento da ordem interna e disciplina na execução penal compatibilizam-se com as exigências do Estado no combate à criminalidade, principalmente no enfrentamento do crime organizado nas unidades prisionais”, cita a justificativa.

 

 

 

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Julio  09.01.25 10h40
Excelente projeto pois a proibição de celular e outros meios de comunicação resolve uma parte do problema, colocar aparelho para evitar drones, separar as lideranças dos presos comuns sobretudo dos presos de primeira prisão e de crimes sem violência e os mais fracos evitar que as lideranças obriga esses novos presos a fazerem parte desses grupos de comandos se bem que ao separar os líderes eles deixam outros assim tem que ter vigilância constantes e se fosse possível colocar câmeras nas celas respeitando o local de higiene para ver se a cobra deixou cria, espero que respeitem os familiares dos presos sobretudo os idosos que até alguns governos passados esses vitantantes se submetiam a uma revista desumana, vexatória diziam que até vestimenta íntima tinha que ser retiradas, hoje acredito que tem scaner, raio X e outros aparelhos assim sendo a revista será rápida e respeitosa. Parabéns pela iniciativa.minha simples e leiga opinião
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Marcio  08.01.25 21h19
Boa noite A iniciativa da ALMT em restringir a entrada de smartphones e congêneres vai de encontro ao pensamento da maioria esmagadora do servidores do sistema penitenciário que, salvo raríssimas exceções são pessoas de bem. Quanto aos ditos mercadinhos é bom que o Estado faça sua administração pois tem mais condições para tal. Agora para enfraquecer as facções poderiam também instalar bloqueadores de celulares nas unidades e ou aparelhos que auxiliem na captura anti drones, pois as facções se utilizam desses meios para fazerem a "desova" de celulares nos presídios. Também aumentar o efetivo da POLÍCIA PENAL ajudaria muito. Fica a dica
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