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VIAGENS E HOTÉIS
28.02.2017 | 11h25 Tamanho do texto A- A+

Bancada gasta R$ 173 mil no recesso; R$ 39 mil com passagens

No período de descanso, congressistas usaram cota com hotéis e até fretamento de aeronave

MidiaNews

Os deputados Carlos Bezerra, Nilson Leitão, Victorio Galli e Fabio Garcia foram os que mais gastaram

Os deputados Carlos Bezerra, Nilson Leitão, Victorio Galli e Fabio Garcia foram os que mais gastaram

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

Os oito deputados federais de Mato Grosso gastaram juntos R$ 173.767,07 em janeiro de 2017, período em que os parlamentares interrompem suas atividades no Congresso Nacional. No mês de recesso, não houve nenhuma sessão legislativa ou atividade nas comissões.

 

Os valores são referentes à cota para exercício da atividade parlamentar, que é disponibilizada pelo Legislativo para dar suporte ao trabalho dos congressistas.

 

De acordo com dados do portal transparência da Câmara Federal, o deputado Carlos Bezerra (PMDB) foi quem mais se utilizou do “cotão”. Ele gastou, ao todo, R$ 38.363,66.

 

Para divulgação da atividade parlamentar, foram R$ 25 mil para a empresa Escala Gráfica. Segundo o documento, o montante foi usado na produção de um informativo.

 

O peemedebista ainda usou R$ 7.999,69 com passagens aéreas entre São Paulo, Brasília e Cuiabá. Ao todo, foram nove viagens.

 

No dia 2 de janeiro, foram emitidos três bilhetes aéreos em seu nome: dois de Guarulhos (SP) para Brasília e um de Cuiabá para Brasília. No dia seguinte, foi emitida mais uma passagem, desta vez de Congonhas (SP) para Cuiabá.

 

Bezerra ainda gastou outros R$ 4 mil com locação ou fretamento de veículos.

 

Aeronave

 

O segundo parlamentar com maior gasto no recesso foi Nilson Leitão (PSDB), com R$ 33.322,39.

 

A maior despesa do tucano foi com o fretamento de uma aeronave. Em seu nome, a empresa Apolo Táxi Aéreo emitiu duas notas fiscais, no dia 24 de janeiro, que somam R$ 24,4 mil.

 

Com passagens aéreas, foram R$ 5.791,85, com 10 viagens entre Sinop, sua base eleitoral, Cuiabá e Brasília.

 

O terceiro com maior número de gastos é o representante da bancada evangélica, Victorio Galli (PSC). Ao todo foram R$ 27.778,24.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Adilton Sachetti 091216

O deputado federal Adilton Sachetti, que foi o parlamentar que menos gastou a cota durante recesso

A despesa mais significativa foi a elaboração de um jornal para a divulgação de seus trabalhos. Ele destinou R$ 18,5 mil para a empresa MWR Publicidade e Serviços LTDA.

 

Outros R$ 6.410,74 foram empregados em passagens aéreas. O parlamentar consumiu 11 bilhetes com viagens entre Cuiabá, Sorriso, Sinop e Brasília. E R$ 527 com hospedagens em hotéis de Sorriso e Barra do Garças.

 

Hospedagem em Vitória

 

O deputado federal Fabio Garcia (PSB) é o quarto na lista dos que mais gastaram. Ele usou R$ 25.071,94 de sua cota parlamentar.

 

Entre as despesas, estão R$ 1.591,40 com hospedagem. Nesta lista consta R$ 404,40 com uma hospedagem no Pier Vitória Hotel, em Vitória (ES).

 

De acordo com o documento, o hospede foi Bruno Edgar Santullo. Ele ficou dois dias em um quarto de luxo para casal.

 

Outros R$ 440 foram para hospedagem no Le Soleil Residence Hotel, em Cuiabá. Consta no documento que o hospede foi Lyel Campanatti.

 

Há ainda gastos com hotéis em Cáceres, Rondonópolis e Poconé.

 

O parlamentar ainda usou R$ 10.579,58 de "cotão" com passagens aéreas, entre elas uma para Vitória. Além disso, R$ 4.115,32 foram empregados na divulgação da atividade parlamentar e R$ 2.931,94 com combustível.

 

Gastos menores

 

Há ainda os deputados Ezequiel Fonseca (PP), que gastou R$ 22.407,55, Valtenir Pereira (PMDB), com R$ 12.470,58, e Ságuas Moraes (PT), com R$ 12.301,39.

 

As despesas do trio foram com emissão de bilhete aéreo, divulgação da atividade parlamentar e combustíveis.

 

No caso de Valtenir, parte dos gastos foi usada em sua alimentação. Ele gastou R$ 330,30 da cota com refrigerantes, gelatinas e outras refeições em restaurantes.

 

Já na declaração de Ságuas, há R$ 842,20 com hospedagens.

 

O deputado que menos gastou foi Adilton Sachetti (PSB). Foram R$ 2.051,32 com emissão de bilhete aéreo, telefonia e manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar.

 

Números

 

Somente com passagens aéreas no período de recesso, os oito deputados federais gastaram R$ 39.323,73.

 

O valor total ainda pode crescer. Os deputados têm até 90 dias para apresentar as notas fiscais para que seus gastos sejam reembolsados pela Câmara.

 

De acordo com levantamento do jornal Folha de São Paulo, os 513 deputados gastaram R$ 10 milhões em recursos da cota parlamentar somente em janeiro.

 

Já no Senado, segundo levantamento feito pelo MidiaNews, a bancada de Mato Grosso, composta pelos senadores Wellington Fagundes (PR), José Medeiros (PSD) e Cidinho Santos (PR), gastou R$ 71.327,57 no mesmo período (veja no link abaixo).

 

Veja a tabela com gastos dos deputados:

 

Deputado/Liderança

Despesa(s)

ADILTON SACHETTI

R$ 2.051,32

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 2.051,32

CARLOS BEZERRA

R$ 38.363,66

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 38.363,66

EZEQUIEL FONSECA

R$ 22.407,55

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 22.407,55

FABIO GARCIA

R$ 25.071,94

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 25.071,94

NILSON LEITÃO

R$ 33.322,39

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 33.322,39

PROFESSOR VICTÓRIO GALLI

R$ 27.778,24

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 27.778,24

SÁGUAS MORAES

R$ 12.301,39

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 12.301,39

VALTENIR PEREIRA

R$ 12.470,58

Mês/Ano

Janeiro/2017

R$ 12.470,58

Total

R$ 173.767,07

 

Leia também:

 

Senadores de Mato Grosso gastaram R$ 71,3 mil no recesso

 

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COMENTÁRIOS
19 Comentário(s).

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arildo  01.03.17 14h58
arildo, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
joao pc  01.03.17 14h01
É um Carnaval , uma farra com nosso dinheiro ...
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Arilza Torres  01.03.17 12h51
Isso é uma vergonha, o estado em crise, o Pronto Socorro uma vergonha, pessoas no corredor e esses deputados gastando dinheiro público, não podemos admitir isso, tem que ter punição para esse tipo de situação, se não vai virar festa.
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Denilce Teixeira de Toledo Silva  01.03.17 12h33
E a farra com o dinheiro do povo não tem fim.
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roberto julio  01.03.17 11h35
A política(políticos) no Brasil é uma vergonha. Políticos não deveriam ser eleitos e sim concursados, com salários ajustados e tempo de mandato de quatro anos, é muito privilégio o que resulta nas corrupções.
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