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05.04.2025 | 11h11 Tamanho do texto A- A+

Bolsonaro suspeita que tem aliado desejando sua prisão

Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro

JOSIAS DE SOUZA
DO UOL

Às vésperas de mais um ato político de Bolsonaro na Paulista, o centrão enfiou dentro do congelador a proposta de anistia que haveria de beneficiá-lo. A dificuldade de atrair a assinatura de líderes de partidos amigos para o requerimento de urgência que forçaria a votação do projeto da clemência leva Bolsonaro a suspeitar que tem aliado torcendo pela sua prisão.


Nessa versão, a popularidade de Lula ainda no vermelho estimula tecelões do centrão a apressar a costura de um projeto conservador unificado para a próxima sucessão.

 

Dissemina-se nos subúrbios do Congresso a percepção de que mais vale para a direita um Bolsonaro preso em 2025 do que um inelegível voando sobre a campanha de 2026 como um estorvo para a articulação de um Plano B.Premonitório, Bolsonaro declarou em agosto de 2021 que havia três alternativaspara o seu futuro: estar "preso", "morto" ou obter a "vitória".

 

Não morreu nem foi reeleito. Esquenta o banco dos réus no Supremo Tribunal Federal à espera dasentença condenatória. Há cinco meses, Valdemar Costa Neto, o presidente doPL, vaticinou: "Se for preso, Bolsonaro elege um poste de dentro da cadeia". Énisso que aposta o centrão.

 

Nesta sexta-feira, Bolsonaro almoçou com Ratinho Júnior, em Curitiba. Indagadose cogita apoiá-lo como candidato ao Planalto, desconversou: "Isso não está empauta". Não procura substitutos, mas reféns para a sua agenda. A fila decandidatos ao espólio do capitão inclui também Tarcísio de Freitas, Romeu Zemae Ronaldo Caiado, que se lançou como opção presidencial nesta sexta, emSalvador.

 

Quem tem tantas hipotéticas alternativas não tem nenhuma. Daí a ameaça docentrão de condicionar o avanço da proposta de anistia no Congresso a umcompromisso de Bolsonaro de desistir da ideia de forçar o TSE a indeferir suacandidatura em agosto de 2026, quando lançaria o filho Eduardo Bolsonaro.

 

Tenta-se convencê-lo de que o sonho de um indulto seria mais palpável seapoiasse Tarcísio de Freitas até março, tornando sua desincompatibilização dogoverno de São Paulo uma opção menos arriscada.

 

 

 

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