Botelho admite arrependimento por ter disputado a Prefeitura

Prestes a deixar a presidência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) admitiu nesta sexta-feira (31) que se arrependeu de ter disputado a eleição para prefeito de Cuiabá e ter deixado de lado um possível cargo na nova Mesa Diretora.

Me arrependo até de ter participado da eleição. Se eu soubesse que ia perder, nem me candidatava

“Agora você pergunta: se arrepende? Me arrependo, me arrependo até de ter participado da eleição. Se eu soubesse que ia perder, nem me candidatava. Mas isso não existe no mundo real. Existe o que você tem, acreditar em uma coisa, ter obstinação para ele e correr atrás disso”, afirmou.

A declaração foi dada em uma entrevista coletiva em que ele apresentou um balanço dos seus oito anos à frente da Assembleia Legislativa.

Botelho despontou na campanha para Prefeitura como favorito a vencer, segundo as pesquisas eleitorais da época.

No entanto, o deputado acabou perdendo, ficando de fora do segundo turno em Cuiabá, que foi disputado por Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT). No final Abilio foi eleito.

Segundo o deputado, a expectativa da vitória fez com que ele ficasse de fora da nova composição da Mesa Diretora, que foi eleita em setembro.

“Naquele momento eu não tinha nenhuma necessidade de participar [da Mesa], porque tudo indicava que eu ganhava a eleição [para prefeito]. As pesquisas indicavam, nós todos acreditávamos, até vocês da imprensa acreditavam que eu ganharia eleição”, disse.

“Então, não teria sentido eu participar de uma eleição, sendo que já estava praticamente com o pé em outro cargo. Por isso que eu não fui”, explicou.

Botelho admitiu, inclusive, que foi alertado pelo deputado Max Russi (PSB) a tentar um cargo na Mesa mesmo com a perspectiva de vitória na eleição para prefeito. No entanto, não seguiu o conselho do colega.

“Ele me chamou e disse: ‘Olha, Botelho, fica na Mesa Diretora, se você ganhar outro assume', mas mesmo assim eu não quis. Falei: ‘Não, não, acho que é justo entrar só para participar, para depois sair. Não é legal’”, afirmou.

“A política também é um risco. Se alguém quer galgar um posto mais alto, tem que arriscar. Eu arrisquei, perdi, faz parte”.

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