Com direito a regalias, suplentes assumem mandato com festa no Senado
Com direito a regalias, suplentes assumem mandato com festa no Senado
O Senado viveu hoje um dia agitado, em pleno recesso parlamentar. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse a quatro suplentes que assumiram as vagas de senadores eleitos para outros cargos. A maioria trouxe a família e aliados políticos para acompanhar a posse. Estima-se que cerca de 700 pessoas participaram da festa.
Todos terão quatro anos de mandato, mesmo sem ter recebido nenhum voto e direito a um salário de R$ 12.720 por mês. No Senado, a escolha dos suplentes é dos senadores e não passa pelo processo eleitoral.
Na Câmara, 22 novos deputados também irão assumir o mandato, muitos deles apenas no mês de janeiro, quando irão substituir os parlamentares que assumiram outros cargos, como os de secretários estaduais. Os suplentes que não se elegeram terão que deixar o cargo em 1º de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura. No Senado, a regra é outra porque são oito anos de mandato, ao invés dos quatro na Câmara.
Por assumir o mandato de um mês, os deputados irão receber cerca de R$ 46 mil. O valor é a soma do salário de R$ 12.847,20, mais o auxílio moradia de R$ 3 mil, a verba indenizatória (R$ 15 mil), o auxílio transporte (cerca de R$ 11 mil, dependendo do Estado onde o deputado mora) e cota postal de R$ 4.268.
O deputado Osório Adriano, suplente de José Roberto Arruda (PFL), eleito governador do DF, disse que ´´é correto´´ o suplente receber todos os benefícios, mesmo sem trabalhar. O Congresso está de recesso no mês de janeiro. ´´Não sou demagogo. Se me pagarem não vou devolver´´, disse.
Ao contrário dos senadores, os suplentes de deputados foram definidos nas urnas. Trata-se daqueles que não conseguiram votos suficientes para assumir o cargo.
Os suplentes de senadores que assumiram hoje foram: Adelmir Araújo (PFL-DF), suplente do senador Paulo Octávio (PFL-DF), eleito vice-governador do DF; José Nery (PSOL-PA), suplente da senadora Ana Júlia Carepa (PT), eleita governadora do Pará; Neuto Fausto de Couto (PMDB-SC), que substituiu Leonel Pavan (PSDB), eleito vice-governador de Santa Catarina e Paulo Henrique Duque Costa (PMDB-RJ), que assumiu no lugar de Sérgio Cabral (PMDB), eleito governador do Rio de Janeiro.
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