O secretário de Estado de Cidades Eduardo Chilleto confirmou nesta quarta-feira (20) que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, deve ficar mais caro do que o previsto para ser concluído.
O aumento foi apontado na primeira etapa do estudo feito pela empresa KPMG Consultoria Ltda., responsável pela consultoria de viabilidade técnica e financeira do modal.
O relatório foi entregue pela empresa ao Governo do Estado nesta semana. O documento final ficará pronto em março.
O consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela obra, venceu a licitação por R$ 1,447 bilhão. O secretário descartou a possibilidade de romper o contrato.
“O relatório já nos mostrou qual é o valor que precisa ser repassado ao Consórcio VLT. Porém, não posso revelar. Ficará a cargo do governador Pedro Taques anunciar isso. O que posso dizer é que esse aumento é por conta dos reajustes anuais. O VLT era para ficar pronto em 2014, mas não ficou. Agora passou 2015, vai para 2016, 2017, 2018... Em todos esses anos, o contrato precisa ser reajustado. Então de R$ 1,4 bilhão pode ir para R$ 1,6 bilhão, R$ 1,8 bilhão, sem contar o equilíbrio-econômico-financeiro que o consórcio pede”, afirmou Chilleto.
O secretário explicou que essa primeira etapa do estudo compreende apenas o custo total do VLT.
No entanto, conforme Chilleto, a empresa já entregou ao Estado uma prévia da segunda etapa do relatório, que abrange a operação e valor de bilhetagem.
Nesse quesito, a consultoria mostrou que a operação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande é totalmente viável, mas irá depender de uma Parceria Público-Privada (PPP).
“O estudo mostrou que podem ser feitos três tipo de operação, mas a mais viável é uma PPP. O Estado bancará um valor anual e a iniciativa privada tomaria conta do modal para que o preço da passagem caiba no bolso dos usuários”, disse o secretário.
“O grande problema é casar a operação do VLT com os ônibus. Tudo isso precisa ser discutido e muito estudado. Precisamos casar os dois para que tenham uma única passagem”, complementou Chilleto.
Retorno das obras
Conforme o secretário, somente após a entrega final do estudo, será possível divulgar a retomada das obras e o prazo para conclusão.
“Precisamos estudar primeiro como será feita a obra. Se resolvermos tocar tudo de uma vez, mexer na cidade inteira, é possível entregar em dois anos (até o fim de 2018). Mas se resolvermos fazer por etapas, para não prejudicar a cidade, demorará um pouco mais. Esta é uma decisão que o governador irá tomar junto com toda a equipe dele”, disse o secretário.
O estudo
A KPMG foi contratada pelo Estado a pedido da Justiça Federal, no valor de R$ 3,8 milhões, para preparar relatórios detalhados sobre a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término da obra, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, uma proposta de integração do modal à matriz de transporte das duas cidades, bem como o cronograma de desembolso do Estado para a implantação do VLT.
O VLT
O VLT deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo da Copa do Mundo em Cuiabá.
Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior do Governo do Estado a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano.
Porém, as obras foram paralisadas antes mesmo deste prazo.
O consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda, venceu a licitação realizada em junho de 2012, na modalidade do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que não permite aditivos, por R$ 1,447 bilhão. Deste total, R$ 1,066 bilhão já foram pagos.
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