O deputado estadual Delegado Claudinei Lopes (PSL) defendeu que a Assembleia Legislativa não deve atuar sobre a denúncia do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Emanuel protocolou na última segunda-feira (2) um ofício na AL sobre suposto uso da Delegacia Fazendária (Defaz) com objetivo de perseguição política.
“Eu não concordo da Assembleia, neste momento, tomar parte em questões políticas de possível atrito que o prefeito tenha com o governador do Estado [Mauro Mendes]. Não é o momento e não tem provas para isso”, disse ao MidiaNews.
O parlamentar disse que não entende por que Emanuel procurou a Assembleia Legislativa, e não o Ministério Público Estadual (MPE), para fazer a denúncia de uso político da máquina pública.
“Na verdade, eu nem entendi o prefeito mandar esse pedido para Assembleia. Qual a finalidade? Porque até então não vejo nenhuma prova que possa envolver o chefe do governo estadual”, disse.
“Como nós [deputados] temos a atribuição também de fiscalizar o Poder Executivo estadual, a gente teria que ter provas concretas de que o governador estaria usando a máquina pública, a Delegacia Fazendária, para tentar prejudicar o prefeito. Aí sim, a Assembleia teria que se envolver e tomar as providências no campo político”, completou.
O deputado, que há 15 anos é delegado da Policia Civil, disse que nunca presenciou nem viveu pressão política enquanto atuou na instituição.
“Nunca presenciei, nem como delegado regional. Nunca passei por isso, e nunca chegou nenhum pedido para mim. Eu comandava 15 municípios, 21 delegacias com mais de 200 servidores da Polícia Civil e nunca chegou nada para mim de governador, ou secretário de Segurança, para estar removendo algum servidor por questões políticas”, conta.
Demissão de delegados
No documento entregue à AL, o prefeito relata que os delegados Lindomar Tofoli e Anderson Veiga teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito por uma servidora da Saúde municipal.
De acordo com informações que chegaram ao conhecimento de Emanuel, os dois delegados teriam sido expressamente orientados a lhe "detonarem".
“Eu confio muito no trabalho da Delegacia Fazendária inclusive nos delegados que foram transferidos de lá, Lindomar Tofoli e Anderson Veiga. São excelentes delegados, com uma conduta ilibada da PJC, um com quase 18 anos e outro com quase 17 anos de PJC. Nunca tiveram nenhum problema”, disse.
“Até agora não vejo provas que envolvam o governador para fazer pressão política em cima dos delegados. É uma situação muito grave”, completou.
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