Cuiabá, Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
FRENTE PRÓ-VLT
11.12.2015 | 15h50 Tamanho do texto A- A+

Pinheiro lança movimento pela retomada; Governo admite parceria

Políticos se mostram favoráveis à conclusão do Veículo Leve sobre Trilhos, em Cuiabá e VG

Marcus Mesquita/MidiaNews

Emanuel Pinheiro cobra retomada das obras; Paulo Taques admite adoção de uma PPP

Emanuel Pinheiro cobra retomada das obras; Paulo Taques admite adoção de uma PPP

DOUGLAS TRIELLI E CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) cobrou, durante instalação da frente parlamentar em prol da retomada e conclusão das Obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilho), nesta sexta-feira (11), que o governador Pedro Taques (PSDB) retome imediatamente as obras do modal de transporte.

 

Segundo ele, essa foi uma promessa de campanha de Taques, mas, passado um ano de mandato, até o momento, não houve nenhum avanço nas obras.

 

“Me lembro que, quando senador, Pedro Taques, se posicionou contrário à obra do VLT. Mas, também me lembro que, em 2014, nas eleições, prometeu que iria concluir essas obras”, disse o parlamentar.

 

De acordo com Pinheiro, a frente busca sensibilizar o governador a concluir a construção do modal de transporte coletivo urbano, em Cuiabá e Várzea Grande.

 

É necessário que todos se unam em torno de um só objetivo, para sensibilizar o Governo de que o VLT é um caminho sem volta

“É necessário que todos se unam em torno de um só objetivo, para sensibilizar o Governo de que o VLT é um caminho sem volta e é necessário a retomada e conclusão das obras pelo futuro da nossa região”, afirmou.

 

O deputado sugeriu que o Governo firme uma Parceria Público-Privada (PPP), de modo a não precisar investir mais recursos, além dos R$ 1,4 bilhão já entregues ao Consórcio VLT Cuiabá  Várzea Grande.

 

“Uma das metas da Frente é trabalhar para sensibilizar o Governo ao fato de que existem alternativas viáveis para a conclusão dessas obras. A Frente só oferece uma proposta, que é a PPP. Ninguém está falando mais em investir dinheiro público. A Frente entende que não podemos mais investir um centavo, mas entendemos que o Governo tem o dever de concluir o VLT”, disse.

 

O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, apesar de ressaltar a importância da criação da Frente, afirmou que a consultoria desenvolvida pela KPMG é que irá definir o futuro do VLT.

 

“O VLT não começou hoje. Não começou com essa Frente, que é útil. Mas, simplesmente, dizer que vamos olhar para frente e esquecer o passado é brincar, 'molequear' com a cara do cidadão cuiabano. O futuro só se constrói corrigindo os erros do passado. Estamos todos unidos para terminar o VLT”, disse.

 

O chefe da Casa Civil disse que, por enquanto, o Governo não trabalha com a não conclusão da obra e admitiu a possibilidade de aderir a uma PPP.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Paulo Taques

Chefe da Casa Civil, Paulo Prado diz que Governo aguardará resultado de auditoria

“Por enquanto, não concluir a obra não é uma opção. A opção é buscar saídas para terminar o VLT, independentemente do cenário. Que cenário pior do que quando entramos no Governo e achamos R$ 84 mil na conta?”, questionou.

 

“Quero fazer um contraponto a fala do deputado Emanuel, ao fato de ter dito que 2015 foi um ano perdido para o VLT. Para mim, 2015 foi o ano em que mais ganhamos para o VLT. Porque agora, vamos saber como terminar e quanto será gasto”, afirmou.

 

“Ferida”

 

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), afirmou que tem mantido conversas com o Governo do Estado, no sentido de encontrar soluções para a retomada e conclusão das obras.

 

“Como todo o cuiabano, e como prefeito dessa cidade, quero muito que haja uma solução para essa obra. Criou-se uma ferida em Cuiabá e Várzea Grande, abriu-se uma rachadura nessas duas cidades. Nós precisamos e vamos ajudar a construir uma solução”, disse.

 

Mendes afirmou que o município já se propôs, inclusive, a realizar parte de obras que, em tese, deveriam ser executadas pelo consórcio VLT, responsável pela obra.

 

A ideia, segundo ele, é adiantar alguns serviços e minimizar os transtornos causados à população.

 

“Apresentei ao governador um projeto para que nós pudéssemos recuperar 100% da Avenida do CPA e da Avenida Fernando Corrêa. Esse trabalho seria retirado do escopo do VLT e nós anteciparíamos essa execução. Inclusive, a prefeitura se apresentou colocando uma contrapartida para a execução dessa obra”, afirmou.

 

“Existe a possibilidade de fazer um aditivo supressivo ao contrato. Os serviços, nesse caso, seriam excetuados pela Prefeitura, antecipando futuras obras, para melhorar a qualidade da trafegabilidade nas ruas”, concluiu o prefeito.

 

“Batata quente”

 

O ex-senador Jaime Campos (DEM), também presente no ato de instalação da Frente, disse apoiar a conclusão das obras do modal.

 

Especialmente em razão dos transtornos causados àqueles que precisam trafegar nas principais avenidas de Várzea Grande.

 

Ele observou, no entanto, que o governador Pedro Taques possui uma “batata quente em mãos”, já que, para ele, a conclusão do VLT, economicamente falando, é inviável.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Frente PRO - VLT

Populares participaram de ato de instalação da Frente Parlamentar

“O Taques está com uma batata quente. Economicamente, tenho informações de que essa obra é inviável. Tanto é verdade que, até agora, não conseguiram uma parceria”, disse.

 

“E a obra passa a ser inviável, na medida em que, lamentavelmente, não foi feito nenhum estudo prévio. Foi feita uma obra sem planejamento, não sabiam nem a qualidade do material que estava embaixo da avenida. Isso gera, inclusive, custos maiores”, completou.

 

Jaime também manifestou preocupação quanto aos custos relacionados à passagem do modal.

 

“Quanto vai se cobrar pela passagem? A informação que tenho é que pode chegar a R$ 7. As prefeituras não têm condições para bancar. Nem Cuiabá, muito menos Várzea Grande. Por isso, temos que buscar soluções”, completou.

 

“Pior obra é obra parada”

 

O senador Wellington Fagundes (PR) também se disse favorável a retomada das obras.

 

“Não só apóio a conclusão do VLT, como de todas as obras inacabadas do Brasil. O VLT é uma obra fundamental, pois trata da mobilidade urbana e sabemos que a pior obra é obra inacabada, pois traz mais prejuízo. Temos que encontrar soluções. Se for necessário, penso que deveríamos buscar até recursos externos”, disse.

 

“Na minha visão, é importante que haja uma discussão do Governo com as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, pois aqui também temos um transporte intermunicipal. Conversei com o Mauro, com a prefeita Lucimar Campos. As duas prefeituras pouco foram envolvidas no projeto. Acho que isso é um erro. Essa é uma importante discussão, pois isso fará parte do dia-a-dia administrativo dos municípios”, completou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Deputado diz que transporte público de Cuiabá é "medíocre"

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Emanuel Pinheiro - Frente PRO - VLT

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Carlos  13.12.15 17h05
Temos dois caminhos, o passado e o presente, é só escolher e esperar.
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Jorge Luiz  12.12.15 14h29
Jorge Luiz, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Davilson  11.12.15 16h59
Parabens Deputado e as demais autoridades pela iniciativa, nos estamos realment esperando pelo fim dessa novela, o governador tem que parar de reclamar do passado, já deu essa conversa, ele teve meu voto mas se continuar mais um mes reclamando do passado vou fazer de tudo pra tirar o voto dele na proxima vez que for candidato a algo!
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