O vereador Diego Guimarães (Cidadania) afirmou que a Operação Colusão, deflagrada pela Polícia Federal na Saúde de Cuiabá, é efeito de uma fiscalização realizada pela oposição em 2020. Ele disse acreditar que a pasta voltará a ser alvo de ações policiais no futuro.
Segundo Diego, no ano passado ele participou de uma denúncia encaminhada para os órgãos competentes sobre suspeita na compra de medicamentos com dispensa de licitação, em contratos que juntos somavam R$ 10 milhões, durante a pandemia da Covid-19.
“Já tínhamos informações de que havia um direcionamento e fizemos um encaminhamento para o Ministério Público Federal, porque sabíamos que era recurso [de combate à] Covid”, afirmou.
“[Essa operação] é fruto dessas fiscalizações e eu acredito que tem muito mais por vir, que teremos mais operações, porque esse era um dos casos que eu achava menos ‘gritante’. Tem outros casos mais ‘gritantes’, como a compra de protetor facial [máscaras]”, acrescentou.
A operação da PF apurou supostas fraudes em processos licitatórios da Secretaria de Saúde de Cuiabá. O valor total dos contratos investigados é de R$ 1.998.983,37.
As investigações tiveram como alvo o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Antônio Possas de Carvalho; o ex-secretário-adjunto da Pasta, João Henrique Paiva; o empresário Alexandre Alves Guimarães , que é dono da MT Pharmacy, e outras cinco pessoas.
De acordo com a Polícia Federal, os processos investigados referem-se à aquisição de materiais de consumo hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPIs) para suprir as necessidades da rede municipal de saúde na prevenção e combate à pandemia da Covid-19.
“Essa operação não nos surpreende, porque a gente sabe que a gestão Emanuel Pinheiro está envolta em muitos atos de corrupção. Me parece que muito mais que uma gestão, ali tem uma organização criminosa”, afirmou.
Suspeita de corrupção
O parlamentar lembrou que a Secretaria de Saúde já foi alvo de outras operações durante a Gestão Emanuel Pinheiro (MDB) e criticou a falta de explicação à sociedade por parte do prefeito.
“Tudo leva a crer que se não foi de forma dolosa, ainda que de forma culposa, por omissão ou por incompetência, Emanuel tem relação com isso”, disse.
“Uma hora ou outra, vamos chegar ao ‘cabeça’ do esquema e acredito que o prefeito Emanuel Pinheiro tem muito a se explicar, não só à população, mas também ao Poder Judiciário", completou.
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