Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
"BATOM NA CUECA"
22.11.2021 | 14h55 Tamanho do texto A- A+

Dilemário cita provas do MPE e pede investigação contra Emanuel

Vereador acusa prefeito afastado de uso "descarado" da máquina pública e quebra de decoro

Assessoria

O vereador Dilemário Alencar, que protocolou pedido nesta segunda-feira

O vereador Dilemário Alencar, que protocolou pedido nesta segunda-feira

DA REDAÇÃO

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) protocolou nesta segunda-feira (22), na Câmara de Cuiabá, requerimento pedindo abertura de Comissão Processante contra o prefeito afastado da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB).

 

Ele acusa o emedebista de uso reiterado e "descarado" da máquina pública desde 2018 e quebra de decoro.

  

No pedido, o vereador anexou mais de 300 páginas de relatórios que foram entregues à Justiça pelo Ministério Público Estadual de conversas captadas em telefones celulares do prefeito, da primeira-dama Márcia Pinheiro, do chefe de gabinete do prefeito, Antônio Monreal Neto, e da ex-secretária adjunta de Governo, Ivone de Souza - todos alvos da Operação Capistrum.

 

"Essas conversas e mensagens telefônicas são batom na cueca. São provas que saíram da boca do próprio prefeito, da primeira-dama, do chefe de gabinete e da secretária-adjunta de governo, considerados braços direito de Emanuel", disse.

 

Os vereadores não podem continuar sem investigar os maus feitos da gestão do prefeito. São nove operações que investigam o desvio de mais de R$ 250 milhões da Prefeitura

Dilemário alegou que as provas colhidas são contundentes e que a Câmara não mais pode continuar inerte diante desses fatos.

 

Até o momento, o Parlamento municipal rejeitou três pedidos de abertura de Comissão Processante contra Emanuel. O pedido de Dilemário é o primeiro apresentado por um vereador da Casa.

 

"Os vereadores não podem continuar sem investigar os maus feitos da gestão do prefeito. Estão em andamento nove operações policias que investigam o desvio de mais de R$ 250 milhões dos cofres da Prefeitura", afirmou.

  

“O vereador que ainda está do lado do prefeito deve colocar a mão na consciência, pois a roubalheira na Prefeitura está fazendo faltar até dipirona nas unidades de saúde", completou. 

 

No requerimento, Dilemário cita a denúncia feita pelo MPE contra o prefeito e pede que ele seja investigado por impedir o funcionamento regular da Câmara por uso reiterado e indevido da máquina púbica, com o interesse de cooptar apoio de parlamentares, e por proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. 

 

Requerimento

 

No pedido, Dilemário salienta que as provas colhidas "comprovam a existência de uma organização criminosa na Prefeitura" e relembra o episódio em que a Câmara cassou o mandato do vereador Abílio Júnior (Podemos), após atos de fiscalização nos órgãos do Município. Abílio retornou ao cargo após decisão da Justiça e finalizou seu mandato.

 

Ele ainda destacou trechos de conversas entre a adjunta Ivone de Souza e uma servidora, após o ex-vereador Abílio Junior (Podemos), em um dos seus atos de fiscalização, entrar na sede da Secretaria de Saúde e pegar 12 contratos com indicações nos versos.

 

Ao saber da situação, Ivone ameaça: "os vereadores que não enfrentarem o 'Abilinho' não terão mais direito a contrato.

 

Operação Capistrum

 

A operação, deflagrada no dia 19 de outubro, teve como alvos o prefeito Emanuel Pinheiro (MBD), que foi afastado do cargo, Márcia Pinheiro; o chefe de gabinete Antônio Monreal Neto, que chegou a ser preso; a ex-secretária Ivone de Souza; e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.

 

O grupo é acusado de  criar um "cabide de empregos" na Secretaria Municipal de Saúde para acomodar indicação de aliados, obter, manter ou pagar por apoio político.

 

Outra acusação que pesa é a de pagamento ilegal do chamado "prêmio saúde", de até R$ 5,8 mil, sem nenhum critério. 

 

Segundo as investigações, o prefeito reiterou nas práticas consideradas irregulares apesar de determinações judiciais e de ordens do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

O prejuízo aos cofres públicos de Cuiabá, segundo o MPE, foi de R$ 16 milhões. 

 

Confira a íntegra do pedido AQUI.

 

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5 Comentário(s).

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Azevedo  23.11.21 07h41
Só moage que não vai dar em nada. Tudo para não trabalhar.
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Graci Ourives de Miranda  22.11.21 22h13
VEREADORES, POR FAVOR! ONDE ESTAO SEUS PROJETOS? cadê projetos?
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Natanael  22.11.21 19h34
Só isso o tempo todo. Todo dia. Quatro ano a mesma coisa.
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Pedro  22.11.21 16h54
Blá blá blá este cara e só barulho e gastando o dinheiro público não conheço nada que venha deste cara ou ele acha que o povo e besta entra ano e sai ano e só blá blá blá
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Gilston  22.11.21 16h06
Estes caras ai Dilemar, Michele,e outros opositores, eles não tem mais credito porque só vive disso. Só vive na mídia falando mal do prefeito e aí chega um momento que ninguém acredita neles mesmo estando com papel ja que papel aceita tudo.
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