Cuiabá, Sexta-Feira, 4 de Julho de 2025
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04.07.2025 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Dilemário: "É uma espécie de VLT que pode dar prejuízo de R$ 1 bi”

Vereador chama contrato de "negócio da China"; ex-prefeito foi convocado para explicações em CPI

Victor Ostetti/MidiaNews

O vereador Dilemário Alencar, que voltou a falar sobre o contrato da CS Mobi com a Prefeitura

O vereador Dilemário Alencar, que voltou a falar sobre o contrato da CS Mobi com a Prefeitura

DA REDAÇÃO

O vereador Dilemário Alencar (União) afirmou que o contrato assinado na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro com a empresa CS Mobi pode ser comparado ao do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deu prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para Cuiabá. 

 

A impressão é que esse contrato foi ótimo para a CS Mobi. A empresa em nenhum momento vai correr risco de levar prejuízo

A CS Mobi assinou contrato de concessão em dezembro de 2022 com a Prefeitura para implantar, gerenciar e fazer a cobrança de até 4 mil vagas de estacionamento em ruas da Capital, construir o novo mercado municipal Miguel Sutil e fazer obras de revitalização como de calçadas na região do centro histórico.

 

“Digo que o contrato assinado com a CS Mobi pode ser comparado com o valor da construção de um VLT devido as correções monetárias pactuadas, que faz o valor original do contrato de concessão pular de R$ 650 milhões para mais de R$ 1 bilhão no decorrer dos 30 anos”, disse o vereador. 

 

“Um absurdo. Pois a empresa concessionária é privada, cobra do povo para estacionar em ruas, mas ao mesmo tempo recebe recursos públicos”, acrescentou. 

 

Para Dilemário, tudo leva a crer que o negócio firmado beneficiou apenas a empresa CS Mobi.

 

“A impressão é que esse contrato foi ótimo para a CS Mobi. A empresa em nenhum momento vai correr risco de levar prejuízo, só vai lucrar", disse.

 

"Será sempre compensada por aportes financeiros recebidos da prefeitura. Esse foi um negócio da China que o gestão anterior pactuou com essa concessionária”,  acrescentou. 

 

Valores mensais

 

O contrato da CS Mobi garante a ela receber aporte financeiro da Prefeitura no valor mensal de R$ 675 mil, mas no quinto ano do contrato o aporte mensal passa a ser no valor de R$ 1,9 milhão.

 

“O estranho em toda essa situação, é o fato do ex-prefeito ter omitido os valores do contrato, pois não deu ampla publicidade para a imprensa, aos vereadores e muito menos para a população", disse Dilemário.

 

"Ficamos sabendo dessa situação quando o atual prefeito, Abílio Brunini, assumiu o comando da Prefeitura de Cuiabá e revelou o que foi pactuado no contrato”, finalizou.

 

O ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro vai depor na CPI do Estacionamento Rotativo para explicar o contrato de concessão. A data do depoimento está marcada para o dia 07 de julho, às 14 horas, no plenário da Câmara Municipal. O pedido de convocação foi solicitado por Dilemário, que é relator da CPI.

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