O deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB) isentou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e culpou o governador Pedro Taques (PSDB) pelos problemas com pagamento e reajuste dos salários dos servidores públicos.
Taques e sua equipe econômica insistem em frisar que o ex-gestor foi o responsável por conceder “cheque em branco” ao funcionalismo, deixando a conta para sua administração. Até o final do ano passado, o Estado gastava 50,61% de sua receita com folha, estourando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Porém, conseguiu se enquadrar após novo entendimento do Tribunal de Contas (TCE).
Em entrevista à rádio Capital FM, na segunda-feira (13), o peemedebista disse que assim que Taques assumiu o Governo, em 2015, chamou mais de 3.500 homens para a Polícia do Estado, mas não contava com o agravamento da crise econômica ao longo daquele ano.
“O Silval não foi o grande responsável pelo o que está acontecendo agora. Primeiro temos que ver que temos uma crise nacional e o governador Pedro Taques fez ações no início que inchou muito a folha de pagamento”, disse.
“Ele concedeu a RGA no primeiro ano, chamou os concursados públicos, chamou 3,5 mil policiais. Ele aumentou os repasses de alguns poderes como Tribunal de Justiça e Ministério Público. Mas aí ocorreu um déficit orçamentário grande, que o governo tem lutado desde o segundo ano”, afirmou.
Segundo Romoaldo, que foi líder de Silval na Assembleia, quando o ex-governador concedeu progressões de carreira a algumas categorias, a folha se mantinha dentro do limite de responsabilidade fiscal. E citou que o peemedebista teve todas suas contas aprovadas pelo TCE e pela Assembleia.
O parlamentar voltou a dizer que Silval foi um “pai” ao funcionalismo do Estado (Leia link abaixo).
“Eu acho que o Governo Silval foi um grande pai do servidor público de Mato Grosso. Desde o primeiro momento de sua posse, fez tudo para rever as tabelas salariais. Tinham categorias como a Saúde que há 12 anos não tinham reajuste. Foi implantada essa política e o governo fez uma correção que era necessária. O Silval foi muito justo nesse sentido, foi um grande pai”, disse.
“Então, ele não explodiu a folha de pagamento, o que explodiu a folha de pagamento foi o chamamento de 3,5 mil policiais, o chamamento de outros servidores públicos e também a questão do déficit da receita”, afirmou.
Apoio a ajustes fiscais
Por fim, Romoaldo disse apoiar os ajustes fiscais planejados pela gestão de Taques. Para ele, as medidas são necessárias e urgentes.
Durante embate da votação do projeto que pagaria parte da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores em 2016, o parlamentar votou junto com a base do governador.
“Eu, como fui líder do governo na gestão passada, sei das dificuldades de caixa, principalmente no quesito RGA. Muitos criticam nossa postura, mas acredito que se o Governo não tomar uma providência emergencial e urgente, não vai ter como honrar seus compromissos de caixa”, completou.
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13 Comentário(s).
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Edson 15.03.17 08h15 | ||||
Taques não devia empregar ninguém sem antes fazer um estudo da situação econômica do estado. Agora está aí as consequências. No governo passado nunca se falou em crise. Pagou sempre antes de fechar o mês. Será que esse governo ainda pensa em se reeleger ? | ||||
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Olga 14.03.17 17h33 | ||||
Querendo ausentar a culpa do Silval? Pelo amor de Deus gente, que tal sermos mais realistas ein? | ||||
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maria eduarda 14.03.17 17h06 | ||||
Taques só herdou os problemas que Silval deixou | ||||
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alexandre 14.03.17 15h50 | ||||
A LDO/LOA que dobrou os recursos para os Poderes foi em 2015, quem chamou os 3500 PM foi pedrinho, não tem como perdoar os erros do PMDB,mas que tem erros de gestão e distribuição dos duodecimos no atual governo.. | ||||
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Cassio 14.03.17 14h34 | ||||
Ah, agora tudo é culpa do Taques? Silval tem uma grande parcela dessa culpa ai ein | ||||
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