A Polícia Federal de Mato Grosso deflagrou uma operação, na manhã desta quinta-feira (30), contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Antônio Possas de Carvalho, e outras sete pessoas.
No mandado de busca e apreensão, ao qual o MidiaNews teve acesso, consta também que foram vasculhadas duas empresas na Capital, a MT Pharmacy e a Civitas Consultores. Também foi alvo a sede da Secretária Municipal de Saúde (veja lista abaixo).
A operação, denominada Colusão, investiga supostas fraudes em processos licitatórios da Secretaria de Saúde da Capital. O valor total dos contratos investigados perfaz o montante de R$ 1,9 milhão.
De acordo com a Polícia Federal, os processos investigados referem-se à aquisição de materiais de consumo hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPIs) para suprir as necessidades da rede municipal de saúde na prevenção e combate à pandemia da Covid-19.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Paulo Cézar Sofré, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso, e são cumpridos por 50 agentes da PF e quatro auditores da Controladoria-Geral da União em Cuiabá e Nova Canaã do Norte.
Veja alvos:
Alexandre Alves Guimarães - apontado como dono da MT Pharmacy
Luiz Antônio Possas de Carvalho - ex-secretário de Saúde
João Henrique Paiva - ex-secretário-adjunto de Saúde
Elisandro de Sousa Nascimento - ex-diretor do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC) e gestor do contrato
Juliana Martins da Rocha - ex-secretária de Planejamento e Finanças
Ecio Clayton Vieira Alves - não identificado
Marcos Vinicius Vitor da Silva - fiscal de contrato
Hellen Karoline da Silva - servidora da Secretária de Saúde
A sede da Secretaria Municipal de Saúde Cuiabá
MT Pharmacy - Distribuidora de Medicamentos e Materiais
Consultores Civitas Ltda - empresa
Civitas Consultores Associados Ltda - empresa
Entenda o caso
Conforme a PF, a investigação possui como objeto seis processos de compra, todos adjudicados à mesma empresa, os quais foram analisados pelos órgãos de controle – CGU e DENASUS –, além da apreciação realizada pela equipe policial.
As auditorias constataram diversas irregularidades, como inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica, elevação arbitrária de preços.
A PF ainda verificou o indevido fracionamento das compras a fim de possibilitar que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.
As investigações ainda apontam que uma empresa “fantasma” teria emitido orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento, e recebeu vultosa quantia diretamente da principal empresa investigada (R$1.071.388,00).
Leia mais sobre o assunto:
Operação da PF mira Saúde de Cuiabá, ex-secretário e empresa
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1 Comentário(s).
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Jesus carlos venancio 01.10.21 06h31 |
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