A senadora Gleisi Hoffmann tomou posse, nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. Ela agradeceu a confiança e a oportunidade dada, elogiando a atuação da presidente Dilma, quando ela ocupou o cargo de ministra na Casa Civil.
Mais cedo, no discurso de despedida do Senado, ela rebateu o apelido de "trator" dado pela oposição e destacou que o desfecho das manifestações democráticas devem representar o desejo da maioria.
- Não considero essa a melhor metáfora para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consenso. A manifestação democrática é o melhor instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso país - ressaltou Gleisi, que lia o seu discurso em um tablet.
Na cerimônia no Palácio do Planalto, ao lado de Dilma e Palocci, Gleisi fez questão de agradecer os colegas do Senado, o marido, o também ministro Paulo Bernardo.
- Meu compromisso é fazer a gestão dos projetos de governo distribuídos pelos diversos ministérios - disse Gleisi.
Os discursos de Dilma e Gleisi levaram poucos minutos, após os quais a solenidade foi encerrada.
A família da nova ministra foi o centro das atenções durante a solenidade. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ficou de pé próximo à parede, e junto com os filhos, João Augusto e Gabriela. Logo que o menino chegou, pegou o celular e começou a filmar o discurso da mãe.
No final do discurso de Gleisi, Paulo Bernardo permitiu que as crianças fossem dar um beijo na mãe. Os dois subiram ao púlpito e beijaram a mãe enquanto a presidente Dilma já discursava.
Depois de Gleise, o ministro Paulo Bernardo foi o mais paparicado, com muitos tapinhas nas costas e cumperumentos. Todos falavam "deixa eu cumprimentar o marido da ministra."
Nova ministra recebe elogios no Senado
Ciente dos desafios que tem pela frente, a nova ministra pediu o apoio do Congresso Nacional e na tentativa de desarmar os espíritos, até mesmo de colegas da base governista que não gostaram da escolha da presidente Dilma Rousseff, agradeceu a forma como foi recebida no Senado, citando nominalmente o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e seu partido como um todo.
- A quem muito é dado, muito será cobrado - admitiu a nova ministra.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos primeiros a aparteá-la e com quem travou embates na Casa, aproveitou para ressaltar a importância de uma maioria no Parlamento respeitar a minoria.
- Vossa excelência disse que o a manifestação democrática é a da maioria. Está correta, mas não sem antes ouvir a minoria. Faço essa reflexão porque a maioria avassaladora não permitiu que fizéssemos aqui um espaço fértil para o diálogo - observou o senador mineiro.
E a nova ministra respondeu:
- Vou sentir muita saudade de debater com Vossa Excelência, mas hoje não vou contraditá-lo.
Já o senador Ivo Cassol (PP-RO) rebateu as críticas feitas à ministra por sua falta de experiência política:
- Só pode ser dor de cotovelo quando alguém diz que vossa excelência não tem experiência política. Não estamos atrás de macaco velho ou de bananeira que já deu cacho.
O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), justificou as referências feitas por ele à nova ministra, a quem comparou com a ex-senadora Ideli Salvatti e também por tê-la classificado como "esquentadinha".
- Eu não ironizei quando a comparei à Ideli. Eu considero a senadora Ideli Salvatti uma das pessoas mais preparadas - disse, completando:
- Eu disse que a senhora é esquentadinha. Mas eu também sou, assim como (o senador Roberto) Requião. E acho que isso não é defeito não.
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