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CONCURSO
25.11.2015 | 21h40 Tamanho do texto A- A+

Governo aponta ilegalidade de movimento e descarta nomeações

Sindicato da categoria pede nomeação de servidores aprovados em concurso público

MidiaNews

Servidores do Detran retomaram a greve geral; Taques diz que não chamará concursados

Servidores do Detran retomaram a greve geral; Taques diz que não chamará concursados

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não fará a nomeação de servidores aprovados no concurso do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

 

Esta é a principal reivindicação da categoria, que iniciou uma nova greve geral na última segunda-feira (23).

 

De acordo com a presidente do Sinetran, sindicato que representa a categoria, Daiane Renner, os trabalhadores da autarquia só irão retomar as atividades após o Governo atender à reivindicação de nomear, pelo menos, 70% dos concursados, antes de finalizar o ano de 2015, e o restante, em junho de 2016.

 

“Não podemos chamar mais aprovados no concurso. Temos um parecer do Tribunal de Contas do Estado apontando que já estouramos o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não posso fazer a convocação, sob pena de cortar atividades básicas do Estado”, afirmou Taques, em entrevista, na terça-feira (24).

 

Não posso chamar novos aprovadosem concurso, sob pena de cortar atividades básicas do Estado

Além disso, o governador afirmou que cabe ao Poder Executivo a decisão de convocar ou não os candidatos aprovados no certame.

 

“Quem tem que determinar se chama ou não é a administração pública. O Governo tem a discricionariedade. Eu fui eleito para isso e, então, eu tenho essa primazia”, disse.

 

O governador reiterou, ainda, que a greve já foi considerada ilegal pelo Poder Judiciário, que ainda determinou multa diária de R$ 200 mil aos grevistas, além do corte de ponto.  

 

“A greve é um direito constitucional do cidadão. Agora, o Poder Judiciário reconheceu que a greve é ilegal e eu atendo ao Poder Judiciário, que estabeleceu ao sindicato multa diária de R$ 200 mil e determinou o corte de ponto dos profissionais. Estamos cumprido aquilo que determina a Justiça”, disse Taques.

 

“Essa é a quarta greve do Detran na nossa administração. A sociedade mato-grossense não pode passar o que vem passando em relação ao Detran”, concluiu o governador.

 

Greve

 

O novo movimento grevista dos servidores do Detran teve início na segunda-feira (23), conforme ficou decidido em assembleia-geral.

 

A paralisação foi declarada ilegal pela Justiça no dia 29 de outubro. O sindicato foi notificado no dia 3 de novembro, mas ignorou a ordem do Poder Judiciário.

 

No dia 9 de novembro, a pedido do Governo de Mato Grosso, a Justiça dobrou para R$ 200 mil por dia a multa imposta ao Sinetran, por descumprimento da ordem de encerramento da greve.

 

No último dia 17, os servidores se reuniram com o procurador-geral do Estado, Patryck Ayala, com o secretário de Gestão, Júlio Modesto, e com o presidente do Detran, Rogers Jarbas, no Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça.  No entanto, as partes não entraram em acordo.

 

Na ocasião, o Estado propôs a convocação de 30 aprovados no concurso neste ano e, tendo sido restabelecido o equilíbrio econômico, a nomeação de outros 100 aprovados até o dia 30 de setembro de 2016.

 

Em 2017, seriam convocados mais 160 aprovados e, em 2018, os 199 restantes. 

 

“A categoria decidiu que não vai abrir mão de lutar pela pauta que, mais do que melhorar as condições de trabalho dos servidores, beneficie a população. Com mais servidores, o atendimento melhora e as filas diminuem”, afirmou a presidente do Sinetran, Daine Renner. 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Sem acordo com o Governo, servidores retomam a greve

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11 Comentário(s).

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Otávio  26.11.15 21h04
Se não vai nomear e melhorar para a população, pelo menos diga a verdade sobre os fatos. Os servidores tem direitos de pedirem melhores condições de trabalho e infelizmente (ou felizmente) isso engloba a convocação e as melhorias reivindicadas ao Detran.
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alexandre  26.11.15 12h33
as autarquias tem autonomia administrativa e financeira decreto 200/67, arrecadar para pagar AVI para os Poderes e não prestar um serviço descente `a população ? nos bancamos à segurança publica. um bom serviço melhoria a arrecadação.
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roberto  26.11.15 09h23
Decisão judicial não se discuti, se cumpre. Não há o que se argumentar nesta situação. Sou da opinião que não se deva contratar mais funcionários, talvez até reduzir. Basta que se invista em tecnologia, fazendo que o cidadão consiga receber todos os serviços em casa. Certamente a estrutura iria ser mais enxuta.
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Márcia  26.11.15 07h53
Sem questionar os direitos dos trabalhadores, há um pensamento um pouco distorcido a respeito da destinação dos recursos arrecadados pelo Estado. Órgãos e entidades tem como função arrecadar para que possa ser investido em políticas públicas e não para se servir dessa atribuição em benefício próprio. Detran e Sefaz arrecadam para o Estado, para que possam ser gerados benefícios para a população. (Assim deve ser, espero!)
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Carlos Nunes  25.11.15 15h58
Votei no Taques porque acredito que ele é Honesto - não vai roubar e não vai deixar ninguém roubar...mas entre o governo e os trabalhadores, fico com os trabalhadores. Acho que o governo tem maus negociadores, o Detran é um Órgão que tem arrecadação própria, anualmente entra muito dinheiro...e o trabalhador que coopera na arrecadação desse dinheiro tem que participar dos lucros, dessa arrecadação. Parece que há no Detran uma deficiência de GESTÃO...essa Gestão não está motivando em nada os trabalhadores, pelo contrário só está decepcionando, desmotivando. Chega de colocar nos cargos de Direção apadrinhados de partidos, caciques políticos...teria que pegar a prata da casa, os funcionários que mais entendem do assunto, são de confiança, e coloca-los nas melhores posições da Empresa. Essa indicação de cabos eleitorais nos cargos de Chefia, nos diversos Órgãos Públicos, é o que está afundando a Administração Pública em todo o país, faz tempo. Às vezes a empresa tem um funcionário que já tem mais de 20 anos suando a camisa em prol da empresa...e entra um indicado por políticos de paraquedas. Isso devia ser proibido. Apadrinhado político não tem nenhum compromisso, só pede benção do padrinho político que o indicou.
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