O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, negou, nesta quinta-feira (16), que o Governo estude trocar o projeto do BRT (ônibus de trânsito rápido), entre Cuiabá e Várzea Grande, para o BUD (Bonde Urbano Digital).
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, ele explicou que o que poderá acontecer é a implementação do bonde como veículo – que tem tecnologia digital – e isso não refletiria na troca de modal.
“Não tem mudança de modal, o que buscamos são alternativas tecnológicas ao veículo que vai operar. O modal, ou você tem trilho, ou não tem trilho. No nosso caso, fizemos uma opção — pelas razões já amplamente divulgadas — de abandonar o trilho, porque o VLT era inviável”, disse.
A especulação ocorreu após uma visita técnica a Curitiba (PR), na terça-feira (14), realizada por Gallo, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, para conhecer o funcionamento do bonde.
Segundo o secretário, o BRT continua sendo a base do projeto de transporte entre Cuiabá e Várzea Grande, e o Governo apenas analisa novas tecnologias sobre pneus que possam ser incorporadas à estrutura já planejada.
“Abandonamos o trilho e agora estamos estudando alternativas que caibam, assim como Curitiba, que tem o melhor modelo de mobilidade urbana do país, um modelo sem trilho. O BRT faz a segregação de pista, com corredor central exclusivo, e é isso que teremos em Cuiabá. Não há mudança de modal, porque não vamos ter trilho, mas sim uma via segregada sobre a qual podem rodar veículos sobre pneus ou não”, explicou.
Gallo ainda ressaltou que não há decisão definitiva sobre a adoção do BUD em Mato Grosso, e que o governo está realizando uma avaliação técnica e econômica para definir o melhor modelo de operação.
“O que vimos foi uma alternativa tecnológica. Agora vamos avaliar custo, estudar e aprofundar, para oferecer o que há de melhor e mais confortável para o cidadão, mas que seja o menos oneroso possível. Não é mudança de modal, é uma avaliação técnica e tecnológica do veículo”, disse.
Como funciona?
Gallo explicou que o BUD é uma tecnologia desenvolvida na Ásia, já em uso em Xangai e outras cidades do mundo, combina o conforto de um trem com a flexibilidade de um ônibus. O sistema é guiado por sensores magnéticos instalados ao longo da via, o que permite operação autônoma ou conduzida por motorista.
“Os sensores são imãs colocados a cada metro, que direcionam o BUD ao longo da via. Ele pode ser autônomo ou conduzido por motorista. Em Curitiba, por exemplo, estuda-se usar os imãs apenas nas estações, para garantir precisão na parada e evitar vãos entre o veículo e a plataforma”, disse.
Veja:
Leia mais sobre o assunto:
Pivetta: visita ao PR “abriu horizontes”; Mendes fará anúncio
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|