O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou na manhã desta segunda-feira (16) que parte das informações divulgadas pelo site UOL, a respeito de uma investigação contra 14 deputados estaduais por desvios em emendas, não condiz com a realidade.
Segundo o parlamentar, cada deputado está se manifestando apontando pontos que divergem dos que foram apresentados.
“É importante a gente saber a realidade, porque tem algumas informações ali que não condizem com a realidade e que tudo seja apurado. Cada deputado, de forma pontual, tem colocado isso, discordando da forma que foi colocado. A Assembleia, enquanto instituição, vai acompanhar e esperar que a investigação seja feita”, disse.
Max afirmou ainda que a Assembleia acompanha as investigações tranquilamente e que, um a um, os deputados farão suas defesas. De acordo com o presidente, existem mais de 13 mil institutos no Estado e que cada parlamentar é independente para escolher para onde enviar suas emendas.
“Estamos acompanhando com tranquilidade, que as investigações sejam feitas. Os deputados citados vão fazer suas defesas e ‘colocar a realidade’ desse fato”.
“Não vou fazer recomendação nenhuma [para não enviar emendas à Pronatur]. Os deputados são todos maiores, sabem como e onde vão encaminhar as suas emendas. Acredito eu que nenhum vai encaminhar. Agora, se algum resolver, é uma decisão pessoal, a emenda é impositiva do deputado e ele responde por ela”, declarou.
Max ainda reforçou que o Estado é responsável por liberar, fiscalizar e acompanhar o destino da emenda e que outros órgãos como Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Ministério Público (MPE) e Polícia Civil, por exemplo, fazem o acompanhamento do recurso.
O inquérito
Uma reportagem do UOL revelou nesta segunda (16) que 14 deputados estaduais de Mato Grosso, um prefeito e um secretário de Estado são citados em uma investigação da Polícia Civil que apura suposto esquema na execução de emendas parlamentares.
O prejuízo somaria cerca de R$ 28 milhões aos cofres públicos na compra de kits agrícolas. Eles negam qualquer irregularidade.
Os deputados citados são Eduardo Botelho (União), que na época era presidente da ALMT; Juca do Guaraná (MDB); Cláudio Ferreira (PL), atual prefeito de Rondonópolis; Doutor João José (MDB); Alan Kardec (PSB), atual secretário de Ciência e Tecnologia da Informação; Gilberto Cattani (PL); Fabio Tardin (PSB); Julio Campos (União), ex-governador do estado; Faissal Calil (PL); Ondanir Bortolini (PSD); Dr. Eugênio (PSB); Wilson Santos (PSD); Thiago Silva (MDB); Dilmar Dal Bosco (União); Carlos Avalone (PSDB) e Diego Guimarães (Republicanos), que é citado, mas não destinou emendas.
O empresário Alessandro do Nascimento é apontado como suposto beneficiado do esquema. Ele seria sócio oculto de empresa que teria recebido dinheiro de emendas parlamentares de 14 deputados. A delegada responsável pelo caso, Juliana Rado, solicitou o encaminhamento do inquérito à Polícia Federal no dia 15 de maio.
O sobrepreço seria de 10,2 milhões. Os parlamentares foram os autores de emendas que resultaram em 24 termos de fomento assinados pela Seaf (Secretaria de Estado de Agricultura Familiar) com o Instituto de Natureza e Turismo - Pronatur para fornecer kits agrícolas comprados com sobrepreço de R$ 10,2 milhões, segundo a investigação.
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