Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
“REPÚDIO”; VEJA
16.04.2025 | 14h30 Tamanho do texto A- A+

“Já pensou a Assembleia discutir Casa dos Horrores?”, rebate Max

Presidente do Legislativo diz que medida tem viés eleitoral e desvia o foco das prioridades da Capital

Victor Ostetti/MidiaNews

O presidente da AL, Max Russi, que criticou vereadores por moção de repúdio

O presidente da AL, Max Russi, que criticou vereadores por moção de repúdio

CÍNTIA BORGES E GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), rebateu a moção de repúdio aprovada na Câmara de Cuiabá contra deputados estaduais que derrubaram o veto do governador Mauro Mendes (União) ao projeto que autoriza o funcionamento de mercadinhos em unidades prisionais.

 

É mais um movimento político. Quantos vereadores vão disputar a Assembleia no próximo ano? O que fez o requerimento, inclusive, é candidato novamente

Em tom firme, Max afirmou que a decisão da Câmara tem viés político e alfinetou o histórico da Casa ao citar a alcunha de “Casa dos Horrores”.

 

“Já pensou se eu começasse a discutir Câmara dos Horrores aqui? Não é a nossa forma", ironizou.

 

"Nós queremos uma Câmara Municipal fortalecida, cuidando dos projetos da população, da limpeza, dos buracos da cidade, da abertura do hospital infantil. É isso que a Câmara tem que cuidar”, acrescentou.

 

A moção foi proposta pelo vereador Dilemário Alencar (União) e aprovada por 14 vereadores. Ela deve ser encaminhada à Assembleia Legislativa como resposta à votação que manteve a permissão para vendas de itens em mercadinhos dentro dos presídios de Mato Grosso.

 

Como a votação na Assembleia foi secreta, não é possível identificar nominalmente os 13 que votaram a favor da derrubada do veto. Apenas o deputado de oposição Ludio Cabral (PT), anunciou o voto.

 

Para Max, a moção tem motivações eleitorais por parte dos parlamentares cuiabanos, que devem sair como candidatos na eleição do ano que vem.

“É mais um movimento político. Quantos vereadores vão disputar a Assembleia no próximo ano? O que fez o requerimento, inclusive, é candidato novamente. Disputou a eleição e não foi eleito. Agora, vai procurar todos os argumentos e formas possíveis para desmerecer quem está na Assembleia e se promover. Isso faz parte”, afirmou.

 

"Vender o necessário"

 

O presidente já disse ser necessário a votação secreta para vetos governamentais, como forma de manter a autonomia do Legistivo.

Segundo Max, a autorização para o funcionamento dos mercadinho não libera a venda de itens supérfluos, e sim permitir o acesso a produtos de necessidade básica.

 

“A Assembleia deu autorização para que se venda o necessário. O que é necessário? Sabonete, pasta de dente, absorvente para mulher. Tem gente que acha que mulher tem que ficar sem isso na prisão. Isso é o mínimo”, disse.

“Se tiver sorvete, Nutella, chinelo diferenciado, a Assembleia vai cobrar. Não vamos aceitar venda de nada supérfluo dentro dos presídios.”

 

O presidente ainda apontou que a população carcerária é diversa e mencionou casos de injustiça.

 

“Lá nós temos crimes bárbaros que a gente, talvez, gostaria que tivesse uma pena de morte ou algo nesse sentido porque realmente são pessoas que não poderiam nem ir para a cadeia, mas nós temos pessoas lá que talvez foram julgadas de forma injusta. Nós temos as pessoas do 8 de janeiro que muitos pregam a anistia. Tem todos os tipos de presos”, disse.

 

Veja o vídeo:

 

 

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Celso Ferreira   17.04.25 06h59
A câmara tem muito mais o que fazer Totalmente desnecessário.
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