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30.04.2025 | 14h36 Tamanho do texto A- A+

Janaina eleva o tom contra Casa Civil e exige pagamento de emenda

Segundo ela, Fábio Garcia teria dito em reunião que não repassaria recursos referentes a emendas

Luiz Alves/ ALMT

A deputada Janaina Riva, que acusou Casa Civil de perseguição política

A deputada Janaina Riva, que acusou Casa Civil de perseguição política

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Em um discurso inflamado durante a sessão matutina desta quarta-feira (30), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) acusou o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), de perseguição política envolvendo o pagamento de emendas parlamentares. 

 

A parlamentar afirmou que, em reunião no Palácio Paiaguás com o senador Jayme Campos (União) e outro políticos, Fábio disse que não pagaria suas emendas — fatia do orçamento do estadual em que os deputados têm direito anualmente. Em Mato Grosso, cada parlamentar tem direito a cerca de R$ 24 milhões.

 

Vai me pagar cada centavo! E, se não pagar, vai me enfrentar com muita força aqui na Assembleia, de uma forma que ele nunca viu

“Quero dizer uma coisa ao secretário Fábio Garcia: vai me pagar cada centavo! E, se não pagar, vai me enfrentar com muita força aqui na Assembleia, de uma forma que ele nunca viu”, disparou Janaina.

 

A deputada relatou que um prefeito do interior procurou o senador Jayme Campos para tentar uma troca de emendas ao município, e que, ao levar o pedido ao chefe da Casa Civil, ouviu dele, em frente a outros políticos, que “as emendas da Janaina eu não vou pagar”.

 

Janaina – que é pré-candidata ao Senado Federal - disse que Garcia estaria usando o orçamento público como instrumento de retaliação política.

 

“Se ele quer me perseguir, que use aquilo que é dele. Ele não vai usar dinheiro público para perseguir deputado. Eu não tenho medo dele, nem do governador, nem de secretário nenhum”, disse.

 

“Ele está achando que me fará de palhaça. [...] Ele que venha com ameaçazinha para cima de mim. Fez comigo, fez com o [Gilberto] Cattani, fez com o Lúdio [Cabral] e faz com o [Valdir] Barranco. Ele não sabe o que vai enfrentar na Assembleia. E nós vamos às últimas consequências”, emendou.

   

Durante o pronunciamento, Janaina também sugeriu que o secretário estaria autopromovendo sua reeleição para deputado federal, enquanto parlamentares como ela assistiriam passivamente à distribuição desigual de recursos. 

 

“Fica fazendo campanha com dinheiro do Estado. Todo mundo que vem falar diz que ele prometeu R$ 5 milhões, R$ 3 milhões, e nós aqui assistindo? Não!”, disse.

 

“Seja homem! Fala isso para mim! Eu não gosto de molecagem. Eu sou mulher, decente! Não venha com molecagem e ameaçazinha. Faz isso lá, para suas negas. Faz para lá! Não para mim. Eu não aceito esse tipo de ameaça, vai fazer com os seus”.

 

ADI no Supremo

 

A declaração de Janaina tem como pano de fundo o ingresso da Ação Direta de Inconstitucionalidade feito pelo governador Mauro Mendes (União) no Supremo Tribunal Federal (STF), para anular o pagamento de emendas de bancada. 

 

Segundo o Governo, a medida compromete a autonomia orçamentária do Executivo e desrespeita a Constituição Federal. Somente em 2024, o Estado pagou R$ 63,5 milhões referentes a esse tipo de emenda.

 

“Quer entrar na Justiça para acabar com emenda de bancada e está todo mundo quieto. Está achando que a Assembleia é o quê? Que é feita só de pau-mandado? Eu não sou pau-mandada”, afirmou.

 

Veja vídeo:

 

 

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