Cuiabá, Segunda-Feira, 24 de Novembro de 2025
“NEGLIGÊNCIA”
22.02.2022 | 14h03 Tamanho do texto A- A+

“Juca assumiu um grande risco ao não enviar relatório ao MPE”

CPI pediu apoio ao MPE para apurar suposto crime de prevaricação e se há blindagem do Executivo

Assessoria/Câmara de Cuiabá

O vereador Tenente-coronel Marcos Paccola

O vereador Tenente-coronel Marcos Paccola

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O vereador Tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) afirmou que o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB), agiu com negligência e assumiu um grande risco ao atrasar o envio do relatório da CPI dos Medicamentos Vencidos ao Ministério Público Estadual.

 

A CPI pediu o indiciamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), da primeira-dama Márcia Pinheiro, de três empresas e mais 40 pessoas pelos milhares de remédios vencidos encontrados no depósito da Prefeitura de Cuiabá, o que causou um prejuízo acima de R$ 26 milhões.

 

“Não vou ser leviano para dizer que foi com dolo ou culpa, mas que o presidente errou, errou. Ele negligenciou com relação à responsabilidade dele de encaminhar para o MPE. Sobre isso não me resta qualquer tipo de dúvida”, afirmou à imprensa, nesta terça-feira (22).

 

Ele negligenciou com relação à responsabilidade dele de encaminhar para o MPE. Sobre isso não me resta qualquer tipo de dúvida

O relatório da CPI foi votado em dezembro do ano passado e o não encaminhamento veio à tona após denúncia do vereador Dilemário Alencar (Podemos), que cobrou explicações da Mesa Diretora. A cobrança, inclusive, resultou em bate-boca no Parlamento, na semana passada.

 

Paccola foi membro da CPI dos Medicamentos e afirmou que pediu apoio do Ministério Público para avaliar se houve crime de prevaricação por parte do presidente do Legislativo cuiabano ou alguma forma de tentar “proteger o Executivo” de uma ação judicial.

 

“Não sei qual o nível de envolvimento e de comprometimento que o presidente tem com o prefeito Emanuel Pinheiro e com as situações apuradas, mas eu não consigo entender”, afirmou.

 

Para o vereador, Juca assumiu um “risco muito grande” ao tomar a decisão de não encaminhar o relatório logo após a votação, como deveria.

 

“Porque de repente o Ministério Público pode entender que isso é uma organização criminosa na Secretaria de Saúde de Cuiabá e que a atuação do presidente, talvez junto com outros vereadores aqui, faça parte de um núcleo de proteção ou de um núcleo de alguma forma vinculado a essa organização criminosa”, disse.

 

Eu vejo que ele foi muito infeliz nas tentativas de justificar o injustificável

“Justificando o injustificável”

 

Paccola salientou que o emedebista foi “infeliz” ao tentar dar desculpas para a sua decisão, após o caso vir à tona, chegando a afirmar que faltavam anexos ao relatório, mas nunca solicitando à CPI para que providenciasse os documentos ausentes.

 

“Eu vejo que ele foi muito infeliz nas tentativas de justificar o injustificável. Primeiro, ele disse que estava com a Procuradoria e por isso não tinha sido encaminhado. Depois ele disse que tinha encaminhado para o MPE, mas não tinha”, disse.

 

“Por fim, ele disse que não tinha encaminhado porque faltavam os anexos, mas logo em seguida encaminhou sem esses anexos, ou seja, se fosse pela falta dos anexos, ele já deveria ter notificado a CPI lá em 21 de dezembro, quando recebeu o documento”, completou.

 

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