GAZETA DIGITAL
O vereador de primeiro mandato Juca do Guaraná Filho (PTdoB) está inconformado com os altos custos que se cobram para realizar qualquer procedimento de funeral em Cuiabá e por isso interpelou o Executivo Municipal comandado por Mauro Mendes (PSB) questionando sobre o por que é tão caro morrer em Cuiabá.
Um levantamento de preço realizado pela equipe do parlamentar apontou que para morrer hoje em Cuiabá custa cerca de RS 8,8 mil. O questionamento foi feito nesta quinta-feira (14) durante a sessão ordinária na Câmara Municipal da Capital.
Inconformado com os valores, o vereador fez um levantamento de preço de caixões em várias funerárias e relatou que o caixão mais em conta custa R$ 994, mas esse não é o único gasto que os familiares terão para com o ente querido que morreu.
Para embalsamar o corpo são mais R$ 850; enquanto a capela para velar o corpo custa mais R$ 800. Os ornamentos básicos não saem por menos R$ 200. O parlamentar apurou ainda que caso a família não possua um jazigo ou um local para sepultar, terá que desembolsar outros custa RS 5.9 mil.
Diante da situação, o vereador solicitou através de requerimento direcionado à prefeitura de Cuiabá, cópia do processo de concessão funerária. Justificou que recebeu um grande número de denúncias, que apontam a formação de cartel no segmento funerário de Cuiabá.
"Recebemos também denúncias que os valores são tabelados, não há como encontrar mais em conta, ou seja, padronizado", revela Juca ressaltando que tal prática é, no mínima, abusiva e mostra necessidade de uma investigação apurada.
"São muitas reclamações em especial das pessoas carentes que não tem condições de velar com dignidade um ente de sua família , então fizemos um levantamento que chegou ao valor estarrecedor de R$ 8.824,00 (oito mil oitocentos e vinte quatro reais) para o serviço de sepultamento completo , do mais simples", disse Juca do Guaraná que também questiona os "plantões" das funerárias, o que não possibilita a escolha da empresa que irá fazer o serviço por parte do cliente. Mas vale ressaltar que essa prática de plantões e revezamento entre as funerárias das cidades é algo muito comum em praticamente todas as cidades mato-grossenses que dispõem de mais de 1 funerária.