Júlio chama Moraes de “truculento”: “Vivemos ditadura do STF”

O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele comparou a atuação da Corte com a ditadura.

O nosso Supremo hoje está tomando decisões draconianas que não precisavam ser tomadas

“Lamentavelmente, o Brasil está vivendo uma ditadura do Judiciário brasileiro”, afirmou.

“Eu vivi no tempo da ditadura militar, quando era prefeito, era um regime forte, comandado pelo presidente Médici, depois Geisel. Fui governador com o João Figueiredo, já na abertura política, mas o Supremo hoje está tomando decisões draconianas que não precisavam ser tomadas”, disse.

A ordem de prisão foi dada na segunda-feira (4) após Bolsonaro descumprir, no entendimento de Moraes, medidas cautelares impostas após a operação de 18 de julho, quando o ex-presidente foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais.

Além da prisão domiciliar, o ministro também proibiu visitas, a não ser de advogados e pessoas autorizadas dos autos.

Para Júlio, Moraes tem tomado medidas extremamente severas e desproporcionais tanto em relação a Bolsonaro quanto aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

“O ministro Alexandre Moraes tem sido muito duro, muito truculento nas suas decisões com relação ao presidente Bolsonaro e com relação aos manifestantes de 8 de janeiro. Para você ter uma ideia, tem pessoas idosas que estão condenadas a 17 anos de cadeia”, afirmou.

“E cadê os bandidos, os ladrões do INSS, que roubaram 90 bilhões de reais? Cadê os ladrões da Lava Jato, que já foram perdoados? Será que o Supremo não vê isso? Só vê a figura do presidente Bolsonaro?  É o meu protesto e a minha indignação”.

Impacto político

Apesar de criticar a decisão do Supremo, Júlio disse não acreditar que o decreto de prisão domiciliar vai afetar negativamente a direita no país. O deputado descartou que haja um enfraquecimento para as eleições de 2026.

“Pelo contrário, acho que a direita está mais forte do que nunca. Nós somos mais de 50% do Brasil, então não há porquê. Não somos direito extremista, radical, fanática, mas somos a direita consciente que temos força para eleger o futuro presidente”, disse.

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