O presidente da Assembleia Legislativa Max Russi (PSB) disse, nesta quarta-feira (22), que um eventual apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa pelo governo do Estado em 2026 teria efeito direto nas alianças partidárias e na configuração eleitoral.
Segundo Max, o desejo exposto do Bolsonaro ao PL Nacional “muda o quadro político de Mato Grosso”.
“Se houver isso, muda o quadro político de Mato Grosso. Mudam-se as composições, mudam-se os arranjos, é algo que muda bastante o tabuleiro”, afirmou Russi.
Questionado se essa articulação seria de difícil execução, o parlamentar respondeu que “em política nada é difícil”, mas destacou que o novo cenário exigirá rearranjos e conversas entre lideranças estaduais.
Isso porque, a declaração de apoio do ex-presidente pressiona o senador Wellington Fagundes, que se apresenta como candidato ao governo pelo PL, a recuar da disputa.
“Todo mundo via um cenário muito claro, com segundo turno, em uma disputa polarizada. Em se tirando um candidato da disputa — porque se isso acontecer tira-se um candidato — é algo bem diferente”, observou.
Max também minimizou a ideia de que a possível candidatura de Pivetta com apoio bolsonarista tornaria a eleição mais simples.
“Não acredito em eleição fácil. Eu já disputei várias eleições, e não existe eleição fácil. Muitas vezes, os arranjos feitos nos bastidores acabam sendo piores na prática. Há casos emblemáticos em Mato Grosso que mostraram isso”, disse.
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A reunião
Após a comunicação de Bolsonaro ao Valdemar, o presidente do PL ficou de se reunir com senador Wellington Fagundes (PL) no fim da tarde de terça-feira (21). Além de Pivetta, Bolsonaro também teria reafirmado o apoio as candidatura de Mauro Mendes (União) e José Medeiro (PL) ao Senado Federal.
O apoio ao projeto de Mendes reflete a boa relação construída com Bolsonaro em pautas nacionais e bandeiras da direita no país. Internamente, o gesto é interpretado como um sinal de que o ex-presidente aposta na continuidade do modelo de gestão que tem garantido estabilidade fiscal e crescimento econômico ao Estado.
Apesar de integrar o Republicanos, partido que mantém diálogo aberto com várias correntes políticas, Pivetta é visto pelo entorno de Bolsonaro como um gestor pragmático, identificado com bandeiras liberais e com forte interlocução junto ao agronegócio, setor estratégico para o bolsonarismo em Mato Grosso.
Nos bastidores, lideranças do PL avaliam que o apoio antecipado tende a reduzir divisões internas e fortalecer o campo conservador no Estado.
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