Maysa sugere ligação de balconista com Cattani: “Ação política”

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) disse crer que o pedido de cassação contra ela, protocolado pela balconista Katiucia Micheli Vaz, será arquivado na Câmara. A parlamentar disse estranhar as "provas" usadas no processo, com vídeos do perfil do deputado Gilberto Cattani (PL), e que é uma desavença política contra ela. 

Eu percebo que há um movimento político dentro disso tudo. Então, eu já imaginava que ia chegar um pedido de processante

O documento da balconista apontou uma suposta “quebra de decoro parlamentar” por conta da participação de uma menor de 16 anos em uma audiência pública conduzida por Maysa no dia 20 de agosto. 

A  vereadora disse que no pedido de abertura de comissão processante, Katiucia vinculou dois vídeos, sendo um da rede social de Cattani e outro da rede social do analista político Haroldo Arruda, aliado do parlamentar. Segundo ela, os vídeos se baseiam em opinião pessoal e não apresentam justificativas jurídicas que sustentem a ação.

“O que me causa estranhamento foi o fato da cidadã apresentar como prova o vídeo de um jornalista Haroldo, que é muito ligado ao Cattani e do próprio deputado. São dois vídeos opinativos. Isso acho estranho, mas só posso achar isso, porque não tenho comprovações de nada”, disse.

“Eu percebo que há um movimento político dentro disso tudo. Então, eu já imaginava que ia chegar um pedido de processante”, acrescentou.

Cattani já se desentendeu publicamente com a vereadora, em 2023, e recentemente entrou com uma notícia de fato no Ministério Público Estadual (MPE) contra ela pelo mesmo assunto usado na denúncia da balconista.

Arquivamento

Maysa disse que já esperava uma ação nesse sentido, mas que acredita que a Procuradoria da Câmara irá emitir um parecer negativo. Ela também disse crer que o projeto deve ser enterrado pelos colegas se chegar para votação no plenário.

A medida deve ser analisada na sessão desta quinta-feira (2) na Câmara de Cuiabá.

“Penso que a Procuradoria tende a ter um posicionamento pela falta de materialidade. Juridicamente, não se sustenta até porque o Cattani entrou com pedido e foi arquivado, o promotor claramente diz que não houve dolo, exposição da vítima e nem que estava em perigo. Penso que o plenário vai votar pelo arquivamento”, encerrou.

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