Mendes lança comitê pró-Bolsonaro e cita desastre com PT no poder

O governador Mauro Mendes (União) deu início, nesta segunda-feira (13), a um comitê em Mato Grosso pró-reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em discurso, disse que é preciso mostrar à população que uma “guinada à esquerda”, com a volta do ex-presidente Lula, seria desastrosa e prejudicial à economia.

“Na América Latina, temos muitos exemplos de países que deram forte guinada à esquerda e as consequências estão aí. Olha o que aconteceu na Venezuela, o que aconteceu na Argentina. São dois claros exemplos", afirmou.

"Olha o que tem acontecido na Bolívia, nosso vizinho. Um país com muitas riquezas e que vive atolado em problemas, não consegue crescer”, acrescentou.

O encontro pró-Bolsonaro foi realizado na manhã desta quinta-feira (13) na sede do União Brasil, em Cuiabá. A reunião foi convocada por Mendes para tentar aumentar a capilaridade do presidente no estado.

O governador disse temer que o Brasil passe por problemas parecidos com os de países latinos comandados pela esquerda em um momento que, segundo ele, o país vem conseguindo crescer em sua economia.

“O Brasil está passando um momento de recuperação. A economia mundial passa por um momento muito difícil. Estados Unidos estão entrando em recessão, a Europa começa a entrar em recessão e isso deve contaminar a economia mundial", afirmou.

"Diferente disso, nosso país está começando a acelerar. A geração de emprego é positiva, a inflação está aparentemente sob controle. Existem indicadores positivos”, disse.

Mudança de tom

Mendes minimizou o período em que foi crítico de Bolsonaro, em especial no período da pandemia da Covid-19.

Segundo ele, agora, o objetivo é fortalecer a campanha e conquistar votos ao atual presidente de modo a amenizar o favoritismo de Lula no norte e nordeste.

“Fiz críticas, sim. Temos o direito de pensar e de expressar nossos pensamentos. Não acho que Bolsonaro seja perfeito, que o Lula seja perfeito, nem que o Mauro Mendes seja perfeito. Temos erros, defeitos e falhas. Eu criticava quando ele falava sobre a questão dos combustíveis, porque achava que não era verdade. Mas entre ver as qualidades dele e defeitos dos outros, prefiro o que representa o Bolsonaro", disse.

"Precisamos ampliar a campanha do presidente [aqui em Mato Grosso]. Muitos sabem que o segundo turno será muito disputado. Talvez por dez votos, cem mil, um milhão pode ganhar ou perder. Então, cada voto que se conquistar é importante. Principalmente aqueles que usaram a imagem do Bolsonaro, temos que arregaçar as mangas e trabalhar por ele", completou.