O governador Mauro Mendes (União) diz que eventual reajuste dos salários dos servidores do Judiciário, além de provocar “efeito cascata” do aumento aos demais Poderes, obrigaria o Estado a cortar despesas e investimentos na saúde e de prefeituras, por exemplo.

Um Projeto de Lei encaminhado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) tramita na Assembleia Legislativa para reajustar a tabela de remuneração dos servidores efetivos ou de carreira do Poder. A proposta teve votação barrada com o terceiro pedido de vista nesta quarta-feira (12) em sessão na Assembleia Legislativa.
“Vamos ter que cortar verba que vai para as prefeituras, cortar algumas escolas, para realocar esse dinheiro para aplicar nesse tipo de despesa que seria criado”, disse Mendes.
“Vai ter que cortar investimento, fazer uma lista de quantas escolas terão que deixar de construir no ano que vem, quantas estradas, qual hospital vai paralisar ou postergar e assim sucessivamente”, reforçou o governador.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) está em tramitação no Legislativo.
Mendes admitiu à imprensa que caso haja o aumento, servidores dos demais Poderes poderão pressionar por reajustes também.
A demanda provocaria efeito cascata de gastos e impacto de R$ 1,6 bilhão na folha de pagamento de todos os Poderes em 2026.
O aumento aos servidores do TJMT teria impacto de R$ 42 milhões este ano somente no orçamento do Poder Judiciário e beneficia cerca de 3.500 servidores de carreira ou efetivos. O reajuste contempla 9 cargos no tribunal.
Em um mês, a proposta teve três pedidos de adiamento da votação com o de hoje. Na semana passada o deputado Dr. Eugênio Eugênio de Paiva (PSB) havia feito pedido, quando o projeto era apreciado na Comissão de Constituição e Justiça da AL (CCJ). Antes, o deputado Beto dois a Um (PSB) utilizou a mesma estratégia para barrar a votação.
Sem aumento de imposto
O governador alertou ainda que outra alternativa para obter recurso para bancar os reajustes pretendidos pelos funcionários públicos seria aumentar impostos, algo que não está nos seus planos de gestão e que não fará, disse.
“A não ser que se cria um imposto novo no Estado de Mato Grosso. E eu não vou mandar (para a AL) nenhum projeto para criar imposto novo. Então, se vai criar uma despesa nova, você tem que criar um imposto novo. E eu não vou mandar mensagem para criar imposto”, rebateu o governador.
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