Mendes rebate Bolsonaro: “Brasil precisa de paz e convergência”

O governador Mauro Mendes (DEM) criticou os ataques recorrentes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto a atribuição de aumento do preço dos combustíveis fósseis (gasolina e diesel) aos gestores dos Estados.

O democrata assinou junto a outros 19 governadores do Brasil uma carta desmentindo o presidente sobre o preço da alíquota. Bolsonaro atribui a culpa do aumento no preço dos combustíveis à política de ICMS adotada por governadores.

“O Brasil precisa de paz, de convergência, de alguém que nos lidere unindo as pessoas, não toda hora ficar atacando”, disse Mendes. 

“O presidente tem seu jeito, eu respeito, mas procuro evitar polemizar com ele”, emendou. 

O Brasil precisa de paz, de convergência, de alguém que nos lidere unindo as pessoas, não toda hora ficar atacando

Mendes voltou a falar que é “conversa fiada” que a culpa dos aumentos sucessivos é do Estado.Somente para a gasolina, a Petrobrás já subiu o preço nove vezes esse ano, o que representou um acumulado de 51% no ano no preço do combustível.

“Com relação ao ICMS está claro: a Petrobrás aumentou, apenas esse anos 51% o preço da gasolina. Isso é verdade. O ICMS tem mais de 10 anos que a alíquota do ICMS dos combustíveis não modifica, isso também é uma verdade. O resto é conversa fiada”, afirmou Mendes.

Atualmente, o percentual praticado sobre a gasolina é de 25%, diesel é 17% e do etanol é de 12,5%.

A carta

Vinte governadores assinaram uma carta desmentindo o presidente sobre o aumento no combustível no país.

"Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período", afirmam no documento.

"Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema", seguem.

A manifestação também foi assinada pelos governadores: Rui Costa (PT-BA), Cláudio Castro (PL-RJ), Flávio Dino (PSB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), Paulo Câmara (PSB-PE), João Doria (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Eduardo Leite (PSDB-RS), Camilo Santana (PT-CE), João Azevêdo (Cidadania-PB), Renato Casagrande (PSB-ES), Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Renan Filho (MDB-AL), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Waldez Góes (PDT-AP).

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