Cuiabá, Sábado, 8 de Novembro de 2025
ELEIÇÃO 2026
08.11.2025 | 15h53 Tamanho do texto A- A+

Michelle afirma que Bolsonaro é 'única opção' e critica Congresso ao STF

Michelle Bolsonaro pede maior participação das mulheres na política

PL Mulher / Reprodução

Ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro

Ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro

JULIANA ARREGUY
DA FOLHAPRESS

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse neste sábado (8) que o seu marido, Jair Bolsonaro (PL), é o único nome da direita para sair à Presidência em 2026 e que, se isso não acontecer, será fruto de um golpe do Judiciário no país.

 

Durante encontro do PL Mulher, que ela preside, em Londrina (PR), Michelle colocou o Congresso Nacional como refém do STF (Supremo Tribunal Federal) e afirmou que Bolsonaro tem encontrado dificuldades para se recuperar de problemas de saúde porque não tem encontrado "paz de espírito" para isso.

 

O evento ocorreu um dia após o STF rejeitar, por unanimidade, recurso de Bolsonaro no processo da trama golpista. Ele, que já havia sido declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, foi condenado a 27 anos de prisão, e o início do cumprimento de pena em regime fechado é esperado para ainda este ano.

 

"Aqui quero dizer que não há outra opção para a Presidência da República [em 2026]. A única opção para presidente da República da direita chama-se Jair Messias Bolsonaro", disse ela. "Se não acontecer, não existe democracia no Brasil. Se não acontecer, esse é o verdadeiro golpe que o Judiciário está dando no povo de bem, no povo brasileiro", acrescentou.

 

Nos quase 40 minutos de seu discurso, a ex-primeira-dama voltou a dizer que o marido, atualmente preso em regime domiciliar, é vítima de perseguição.

 

Segundo Michelle, leis aprovadas pelos deputados são anuladas pelo Supremo se não estiverem "em concordância" com o entendimento da corte.

 

"A gente tem visto um Congresso de joelhos em frente ao STF. Isso é uma tristeza muito grande para a gente. Hoje, infelizmente, só quem governa é o Judiciário."

Nesse contexto, ela também defendeu que o enfrentamento de Bolsonaro ao Supremo cobra o seu preço da saúde do ex-presidente, que sofre com crises de soluços após sete cirurgias por causa da facada levada durante a campanha de 2018.

 

"O meu marido passou pela última cirurgia e nunca mais conseguiu se recuperar do soluço. Chega a exaustão. Tem vários problemas de saúde decorrentes da cirurgia. Não foi por conta da cirurgia [que ele piorou], foi por ele não ter tido tempo para se recuperar, paz de espírito para se recuperar, ambiente favorável, um abismo para se recuperar."

 

PL Mulher

 

Presidente nacional do PL Mulher, Michelle viaja pelo país para atrair novas filiações de mulheres à sigla com discursos em defesa das pautas conservadoras. Neste sábado, ao defender maior participação feminina na política, ela disse que cabe à mulher o papel de auxiliar e ser submissa -porém, dentro de um relacionamento respeitoso.

 

"A Bíblia fala da submissão da esposa ao marido, mas é uma submissão saudável, porque existe um contexto na palavra de Deus sobre a mulher ser submissa ao seu esposo. Ele fala: 'maridos, amai as suas esposas como Deus amou o mundo e entregou seu único filho, seu primogênito, pela salvação'. É muito amor, não é?", disse ela.

Michelle também disse que está faltando Deus na política e disse que não é possível ser cristão e comunista. "Cristão é a favor da vida, os comunistas são a favor da morte, do aborto", disse. Na sequência, ela criticou a militância exercida nas universidades federais.

 

"Eles fazem aliança com o Hamas e demonizam Israel. Primeiro que ninguém de direita entra em universidade federal, mas quando você chega na universidade, você vê uma juventude travestida. Você vê uma juventude de homossexuais apoiando o Hamas, eles não sabem nem o que estão falando. Eles não entendem que o Hamas mata gays em praça pública, que a mulher não tem liberdade de mostrar o seu cabelo."

 

Ainda na cruzada contra o comunismo, ela afirmou que ao invés de serem comunistas raiz "igual ao Mujica [Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai]", esquerdistas brasileiros amam o que o capitalismo pode oferecer e que, para enganar a população, querem regular as redes sociais.

 

"Para que você, pessoa comum, não receba o que eles estão fazendo", afirmou.

 

Michelle pediu que os presentes trabalhassem para construir novas candidaturas e fez um alerta: "Se você entrar na política e você enriquecer, algo de errado aconteceu".

 

O patrimônio de Jair Bolsonaro e de seus filhos se multiplicou na política, como mostrou a Folha em 2018, quando ele se lançou à Presidência.

 

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