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TRANSPORTE
24.05.2021 | 11h23 Tamanho do texto A- A+

MPE pede bloqueio de R$ 10 mi de Satélite e R$ 5 mi de Dilmar

Maior parte atinge ex-deputado, o filho dele e donos da empresa Verde Transportes

Arquivo/MidiaNews

O ex-deputado Pedro Satélite, acusado de ser braço político do esquema

O ex-deputado Pedro Satélite, acusado de ser braço político do esquema

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O Ministério Público Estadual (MPE) requereu liminarmente o bloqueio de R$ 32,4 milhões de bens móveis, imóveis e valores dos políticos e empresários apontados como integrantes de um esquema para embaraçar a licitação do transporte intermunicipal em Mato Grosso.

 

Apenas do ex-deputado estadual Pedro Satélite (PSD) e seu filho Andrigo Gaspar Wiegert, o órgão pede a indisponibilidade de bens e valores num total de R$ 10.273.749,44, dos quais R$ 7,7 milhões referem-se apenas à multa civil.

 

O total também compreende o valor enriquecido ilicitamente de R$ 2.568.437,36, que teria sido pago pelos réus Verde Transportes Ltda, Eder Augusto Pinheiro, Júlio César Sales Lima, Max Willian de Barros Lima (R$ 2.475.555,36) e Viação Xavante Ltda e José Eduardo Pena (R$ 92.882,00).

 

“Trata-se, pois, de assegurar o ressarcimento dos danos causados ao erário e mesmo o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito”, alegou o promotor de Justiça Ezequiel Barbosa, na inicial.

 

Do deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), atual líder do Governo na Assembleia Legislativa, o montante requerido pelo MPE para bloqueio é de R$ 5.173.260,80, compreendido nesse total o valor que ele teria enriquecido ilicitamente, que soma R$ 1.293.315,20.

 

O valor referente à propina teria sido pago por Verde Transportes Ltda, Eder Augusto Pinheiro, Júlio César Sales Lima, Max Willian de Barros Lima , Viação Xavante Ltda, José Eduardo Pena, Empresa De Transportes Andorinha S/A, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Edson Angelo Gardenal Cabrera, Viação Motta Ltda, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima Filho e Luis Gustavo Lima Vasconcelos.

 

O restante do valor – R$ 3,8 milhões – refere-se apenas à multa civil em razão da conduta do político.

 

Da empresa Verde Transportes e dos empresários Eder Pinheiro, Júlio César Lima e Max Lima, o MPE requer o bloqueio de R$ 15.075.482,24, equivalente à soma das vantagens econômicas ilicitamente obtidas por Pedro Satélite, seu filho Andrigo e o deputado Dilmar.

 

Consta na inicial que esses valores foram concedidos a título de comissão mensal e cortesias de passagens; pagos por meio da empresa Transportes Satélite Ltda e por dissimulação de confissão de dívida; e em valores pagos juntamente com os Grupos Xavante, Andorinha e Motta

 

O montante também engloba, conforme o MPE, as “multas civis atinentes a Pedro Satélite, Andrigo Wiegert e Dilmar Dal’Bosco, na proporção do que auferiram do Grupo Verde Transportes, exclusivamente e em solidariedade com os demais réus”.

 

O MPE ainda pede bloqueios R$ 1.171.528,00 da Viação Xavante e do empresário José Eduardo Pena, referentes aos montantes supostamente pagos aos dois políticos e à Andrigo, além das multas civis impostas.

 

Das empresas Andorinha S/A e Viação Motta e dos empresários Paulo Humberto Naves Gonçalves, Edson Angelo Gardenal Cabrera, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima Filho e Luis Gustavo Lima Vasconcelos, o órgão pede a indisponibilidade de R$ 800 mil, equivalente ao valor supostamente pago a Dilmar, além de multa civil.

 

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