“Município não dá conta de tocar a autarquia”, diz Zaeli sobre DAE

O vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), afirmou que a prefeitura hoje não tem condições de continuar tocando o Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município.

O próprio munícipe compreende que não tem mais condições da prefeitura tomar conta do DAE

A situação do DAE tem sido um dos principais desafios da gestão da prefeita Flávia Moretti (PL) em Várzea Grande, já que a cidade sofre há anos com a falta de água.

Na semana passada, em coletiva com a imprensa, Zaeli enfatizou que não vai assumir formalmente o comando do DAE, mas estará focado na privatização do serviço. Esta é uma promessa de campanha da prefeita.

“Nós temos que ter a humildade [para admitir] que o município não dá conta de tocar aquela autarquia. Dizer para o eleitor que dá conta... Esquece. O próprio munícipe compreende que não tem mais condições da prefeitura tomar conta do Departamento de Água e Esgoto”, afirmou em entrevista ao Conexão Poder.

Afim de acelerar o processo de concessão do Departamento de Água e Esgoto à iniciativa privada, o vice adiantou que ainda esta semana devem começar os estudos para dar início ao processo de privatização.

Segundo ele, é esperado que os estudos sejam finalizados ainda este ano, mas até que o processo de concessão seja concluído deve levar mais tempo.

“Eu acredito que em quatro meses deve ficar pronto esse estudo. Porém, um prazo razoável para estar fazendo essa concessão é de no máximo dois anos, então vamos fazer ai de final de 2026 para ter uma empresa assumindo o DAE”, disse.

Na semana passada o vice-prefeito já havia dito que a gestão pública do DAE não era viável e chegou a cobrar os vereadores para que auxiliem a gestão Moretti no processo de privatização, que deve passar pela Câmara.

Boicote

Além de ser um departamento complicado por si só de administrar, Zaeli disse que ainda estão ocorrendo boicotes no DAE. Em fevereiro a prefeitura já havia registrado 10 boletins de ocorrência relatando os casos, porém, ainda não houve conclusão nas investigações.

“A pessoa vai à noite, entra pelo rio, às vezes, é difícil identificar. A polícia está investigando, estamos esperando a resposta dela”.

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