“Não fui ali com objetivo de fazer alianças”, diz Mendes sobre ato

O governador Mauro Mendes (União) negou nesta quarta-feira (19) que tenha ido buscar uma aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao participar do ato pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Nós temos aí enormes e importantes desafios na gestão e é sobre eles que eu estou focado nesse momento

O evento ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), no último domingo (16). Junto com o governador também foram a primeira-dama Virginia Mendes, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União).

A participação de Mendes na manifestação foi vista como um aceno para um apoio de Bolsonaro à sua possível candidato ao Senado nas eleições de 2026.

“Eu não fui ali com o objetivo de fazer alianças, de falar de cenário. Eu recebi com bastante tranquilidade os elogios que Bolsonaro fez e algumas citações que ele fez em off lá em alguns momentos, mas eu tenho procurado evitar antecipar o debate eleitoral de 2026”, afirmou.

A declaração foi dada em entrevista coletiva durante evento com o ex-governador de São Paulo, João Dória.

Apesar de ter participado do ato pedindo a anistia dos condenados, o governador disse que “sob hipótese alguma” concordou com a invasão que ocorreu em 2023.

É muito desproporcional. Eu fui ali porque me senti no dever

Mendes reiterou que sua posição foi em protesto contra as penas que estão sendo aplicadas.

“É muito desproporcional. Eu fui ali porque me senti no dever. Sempre assumo com muita clareza e com tranquilidade as minhas posições de apoiar aquele ato que tem esse objetivo de reposicionar o que está acontecendo em termos de penalização”, afirmou.

Sobre sua candidatura ao Senado, Mendes afirmou que está preocupado em gerir Mato Grosso e não em trabalhar politicamente os cenários da próxima eleição.

“Nós temos aí enormes e importantes desafios na gestão e é sobre eles que eu estou focado nesse momento. Cuidar do meu Estado, entregar dezenas, centenas de obras, hospitais, mais rodovias, escolas...”, afirmou.

“Qualquer menção de qualquer autoridade, que seja boa para mim, mas, acima de tudo, ela é boa para Mato Grosso. Eu represento aquilo que todos nós fazemos, a força desse Estado e de cada um que, de alguma forma, contribui para que isso aconteça”.

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