“Não há união entre novatos; alguns já entraram comprometidos"

O deputado estadual eleito João Batista de Souza (Pros), ligado ao Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (Sindspen), disse não acreditar na união dos 14 novatos para a eleição da Mesa Diretora.

Isso porque o também eleito Ulysses Moraes (DC) defendeu que o grupo se una por uma chapa para o comando do Legislativo. Ele se colocou como candidato à presidência.

“Até o presente momento não tive nenhuma conversa com o Ulysses Moraes. Eu analiso que não existe isso de 14 novatos. Alguns, aliás, não são tão novos assim e já entraram comprometidos com antigos [parlamentares]. Tem alguns novatos que são de partidos de antigos e receberam orientação partidária”, disse em conversa com o MidiaNews.

Até o momento, já se colocaram na disputa, além de Ulysses, o atual presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), o deputado Guilherme Maluf (PSDB), Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e a deputada Janaina Riva (MDB).

João Batista afirmou já ter conversado com Maluf e Botelho e que escolherá o candidato que apresentar a melhor proposta de trabalho aos colegas parlamentares.

Aquele que apresentar a melhor proposta de trabalho, que seja voltada para auxiliar o Executivo a melhorar a qualidade de vida no Estado, poderá contar com nosso voto

“Eu analiso que não existe união entre os 14 eleitos. Já estive em conversa com alguns deputados, não com todos, mas até a votação da Mesa ainda terá muita discussão”, afirmou.

“Nós ainda estamos analisando. É notório que hoje os Poderes têm como contribuírem com o saneamento financeiro do Estado. Aquele que apresentar a melhor proposta de trabalho, que seja voltada para auxiliar o Executivo a melhorar a qualidade de vida no Estado, poderá contar com nosso voto”, disse.

Redução do duodécimo

O parlamentar disse acreditar que há possibilidade de a Assembleia usar parte de seu orçamento para contribuir com Governo. Esse será, segundo ele, um dos critérios usados por ele para escolher o próximo presidente do Legislativo.

“Eu ainda não olhei os números. Sabemos do orçamento da Assembleia, mas não sabemos qual a real despesa. Mas de fora, superficialmente, já analisamos alguns dados. Já ouvi de deputados da atual legislatura que há como queimar gordura, sim. Há como a gente contribuir com a Saúde, Segurança, através de recursos”, afirmou.

“O que temos que ter cuidado é o que será feito com esse dinheiro no retorno. Não podemos simplesmente jogar nas mãos do governador e ele fazer o que quiser com esse recurso”, disse.

"Sem mordomias"

Quanto aos cortes na verba indenizatória, proposta por Ulysses Moraes, João Batista afirmou que precisará, primeiro, saber qual a destinação dos valores. Mas ressaltou ser favorável aos cortes de mordomias.

“Como ainda não pegamos todos os números, não sabemos o que eles fazem com essa verba indenizatória. Mas como tivemos uma campanha popular, também faremos um mandato popular, próximo da base. Então, queremos saber para que serve esse recurso. É para ele se deslocar até o interior do Estado? Tudo que for regalia, mordomia, vamos votar favorável ao corte”, disse.

“Eu sou servidor público e estamos acostumados com um salário bem menor que o de um deputado. Não pretendemos entrar na Assembleia e sair de lá rico. Queremos entrar e sair com a certeza que fizemos um bom trabalho. Então, tudo que puder ser economizado e devolvido à sociedade, vamos apoiar”, completou.

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