O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) criticou ter sido citado na investigação da Polícia Civil que apura um suposto esquema na execução de emendas parlamentares durante o período eleitoral.
Segundo informações do Portal UOL, ele e outros 13 parlamentares foram citados por serem autores de emendas que resultaram em 24 termos de fomento assinados pela Seaf (Secretaria de Estado de Agricultura Familiar) com o Instituto de Natureza e Turismo - Pronatur para fornecer kits agrícolas comprados com sobrepreço de R$ 10,2 milhões.
A Polícia identificou um grupo que pode ter gerado prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos na compra desses kits.
“Vazar documentos está ficando normal no nosso país. Acho um absurdo. Não roubei nada, não desviei nada, não propinei e nem fui propinado. Simplesmente, mandei em emendas parlamentares, que é um direito fazer. Só isso. Só mandei em emendas para lá”, afirmou à imprensa.
O empresário Alessandro do Nascimento é apontado como suposto beneficiado do esquema. Ele seria sócio oculto de empresa que teria recebido dinheiro de emendas de 14 deputados. A Polícia Civil solicitou o encaminhamento do inquérito à Polícia Federal no dia 15 de maio.
A Operação Suserano foi desencadeada em 24 de setembro de 2024 pela Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção).
Sem esquemas
Apesar de ter sido citado na investigação, Cattani negou qualquer conhecimento do esquema e disse não estar preocupado com o andamento das investigações: “Estou tranquilo. Durmo que nem um anjo”.
Por fim, alegou que seria impossível um deputado conseguir acompanhar todo o processo das emendas após elas terem sido destinadas.
“É impossível acompanhar, até porque se você manda, por exemplo, para uma prefeitura, a prefeitura vai contratar o instituto para fazer. Nós mandamos para a secretaria, a secretaria vai contratar o instituto para fazer. Licitação, compra, não depende do deputado. Nós mandamos a emenda para um objetivo, só isso”, completou.
Veja o vídeo:
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