O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), determinou uma nova prisão preventiva contra o cabo Gerson Corrêa Júnior, réu da ação penal que apura o esquema de interceptações telefônicas clandestinas no Estado.
A decisão foi dada na tarde desta quarta-feira (11), atendendo ao pedido formulado pelos delegados Ana Cristina Feldner e Flavio Stringueta, que conduzem as investigações da chamada "Grampolândia".
Gerson Corrêa já está preso preventivamente desde maio, por determinação do juiz Marcos Faleiros. Ele está detido no Centro de Custódia da Capital (CCC).
A segunda prisão foi motivada pelas suspeitas de que o cabo teria sido o responsável por ocultar o equipamento que fazia a "arapongagem".
De acordo com Perri, o empresário José Marilson da Silva, ex-sócio proprietário da Empresa SIMPLES IP, que foi preso na Operação Esdras, e posteriormente solto, era responsável pelo desenvolvimento do software do Sistema Sentinela, que realizava as interceptações clandestinas.
"José Marilson da Silva afirmou que o equipamento foi retirado pelo Cb. PM Gerson Corrêa, informação esta que foi confirmada pela testemunha Henrique Siqueira. Ambos declararam que o equipamento Sentinela foi retirado da empresa Titânia e entregue nas mãos do PM Gerson".
O desembargador destacou que o cabo Gerson Corrêa foi o operador principal dos sistemas Wytron e Sentinela, "bem como foi o responsável por estruturar, juntamente com o Cel. Zaqueu Barbosa, o fictício Núcleo de Inteligência da PMTT".
"De acordo com a investigação em andamento, o Cb. PM Gerson foi responsável pela instalação do equipamento, e passou praticamente todo mês de setembro de 2014 ouvindo diversas conversas, em uma sala comercial alugada no Edifício Master Center, apresentando os resultados de seu trabalho, por meio de relatórios, ao Cel. PM Zaqueu, demonstrando, assim, de forma incontestável, o envolvimento e a ligação de ambos na prática delituosa".
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1 Comentário(s).
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Oséias 12.10.17 13h42 |
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