Durante a abertura do World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne), na manhã desta terça-feira (28.10), no Buffet Leila Malouf, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, fez uma defesa enfática do modelo produtivo mato-grossense, rebatendo críticas internacionais sobre a sustentabilidade da pecuária brasileira.
“É uma honra representar o Governo do Estado neste congresso que orgulha toda a nossa gente, é a primeira vez que ele é realizado no Brasil. Mato Grosso tem vocações muito bem definidas, e nós aprendemos a conservar. Hoje, não há como esconder irregularidades ambientais. Produzimos com transparência e eficiência”, afirmou o vice-governador no evento, que reúne autoridades, empresários, pesquisadores e representantes de mais de 20 países para debater temas como geopolítica alimentar, rastreabilidade, sustentabilidade e bem-estar animal, até o dia 30 de outubro, em Cuiabá.
Pivetta destacou que Mato Grosso produz cerca de 10 toneladas por hectare sem irrigação, um dos índices mais altos do mundo, e que a evolução tecnológica da pecuária tem permitido reduzir áreas de pastagem e aumentar a produtividade.
“Não é justo que interesses mundo afora tentem desvirtuar aquilo que realmente é. Nosso sistema produtivo é sustentável, virtuoso e preserva o meio ambiente. É um sistema de produção e preservação”, completou.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressaltou a importância do congresso para consolidar Mato Grosso como referência global na cadeia de proteína animal.
“O Brasil é um grande player internacional da carne, e Mato Grosso se destaca entre todos os estados. Pela primeira vez o congresso é realizado no país e na América do Sul, mostrando ao mundo a carne sustentável que produzimos. Aqui, o gado é criado a pasto com responsabilidade ambiental e bem-estar animal”, afirmou.
“Uma coisa é ouvir falar, outra é ver como se produz. Eles vão conhecer nossa carne de qualidade e sustentável, ver que produzimos mais, usando menos área e com mais diálogo entre governo, pecuaristas e indústria”, destacou, lembrando o papel do Imac na integração entre os setores.
Representando o International Meat Secretariat (IMS), o secretário-geral Dr. Phil Hadley agradeceu ao governo de Mato Grosso e ao Imac pela hospitalidade e destacou a importância do estado na produção mundial de proteína animal.
“É simbólico que este congresso seja realizado aqui, dada a relevância de Mato Grosso no mercado global de carne. Temos um programa fantástico, que aborda desafios como comércio, sustentabilidade e o papel do consumidor final”, disse.
Na mesma linha, o presidente do IMS, Dr. Juan José Grigera Naón, elogiou a organização e lembrou que o evento serve como espaço de diálogo entre nações produtoras e consumidoras. Ele homenageou o ex-presidente do IMS, Patty Moore, e defendeu o livre comércio baseado em ciência.
“O IMS representa cerca de 75% da produção global de carne bovina, suína e ovina. Todas as regulamentações devem ter base científica; do contrário, corremos o risco de criar barreiras não tarifárias. Nosso foco deve ser proativo e não reativo, comunicando com clareza o papel essencial da carne na saúde, no meio ambiente e no desenvolvimento econômico”, afirmou.
O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, ressaltou que a realização do congresso em Cuiabá fortalece a posição de Mato Grosso no cenário internacional.
“É o mundo vindo a Mato Grosso para conhecer de perto nossa produção sustentável. Temos aqui cerca de 100 estrangeiros de 23 países, que poderão visitar frigoríficos e fazendas para constatar nossa segurança sanitária e biodiversidade. É uma oportunidade única de trazer mais transparência à cadeia da carne”, destacou.
Penido também lembrou que o estado avança em rastreabilidade, com o desenvolvimento do “passaporte verde”, que permitirá comprovar de forma verificável a origem sustentável da carne mato-grossense.
“O Imac trabalha para consolidar esse modelo e fortalecer a imagem do nosso produto no mundo. O congresso é uma vitrine para investimentos e parcerias internacionais, principalmente com a Ásia e o Oriente Médio, que buscam segurança alimentar e parceiros confiáveis. Mato Grosso é esse parceiro”, concluiu.
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