O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a decisão de cassar os mandatos dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Para Ananias, a medida faz parte de um processo de perseguição política contra a direita e, em especial, contra o Partido Liberal.
Ananias questionou a condução de Motta à frente do Legislativo Federal e afirmou que o parlamentar não teria “moral” para continuar no comando da Câmara.
“Primeiro vou falar do caráter de Hugo Motta. Não tem moral nenhuma para dirigir mais a Câmara dos Deputados. Ele fez acordo com o PL, fez acordo com um lado, fez acordo com o outro”, afirmou à imprensa.
“Ele vai passar para a história, só não vai ganhar de Severino Cavalcante. Mas do restante ele vai ser o pior de todos os presidentes da Câmara Federal.”
Para Ananias, a decisão não teria motivação técnica, mas política, e atenderia interesses externos à Casa Legislativa.
“Nós temos que saber que não tem o porquê de fazer essas medidas, ele está fazendo por determinação de quem realmente está perseguindo o Partido Liberal no Brasil. Todo mundo sabe que é perseguição pura e nós não vamos concordar”, disse.
Apesar da fala do presidente, a cassação dos bolsonaristas ocorreu pois Eduardo, que está nos EUA desde março, estava com o mandato em risco por excesso de faltas às sessões da Câmara neste ano.
Já Ramagem fugiu para os Estados Unidos durante o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que o condenou à perda de mandato e a 16 anos e um mês de prisão por participar de tentativa de golpe de Estado.
Resposta do partido
Ananias afirmou ainda que a principal reação do partido será política, buscando conscientizar a população sobre o que classificou como ataque aos mandatos eleitos.
“Mas qual que é a nossa arma? É expressar para a população a forma violenta como estão tratando os mandatos populares do PL”, afirmou
Questionado sobre o argumento de que o regimento interno da Câmara prevê a perda de mandato em caso de excesso de faltas, Ananias disse não ter tido acesso aos procedimentos adotados e cobrou transparência no processo.
“Quero saber qual foi a instrução, o procedimento que ele fez. Eu não tenho aqui nenhuma instrução, não sei os motivos, então eu tenho que saber os motivos.”
“Mas eu posso opinar do caráter do Hugo Motta, que não está fazendo o que foi devidamente acertado para o apoio à sua candidatura”, disse.
Veja vídeo:
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