Cuiabá, Quinta-Feira, 30 de Outubro de 2025
CONTRA FACÇÃO
30.10.2025 | 08h45 Tamanho do texto A- A+

Presidente do Senado anuncia CPI para investigar crime organizado

Criação de colegiado é confirmada um dia após operação no Rio com mais de 100 mortos

Agência Senado

Presidente do Senado Davi Alcolumbre, que anunciou CPI

Presidente do Senado Davi Alcolumbre, que anunciou CPI

CATARINA SCORTECCI
DA FOLHAPRESS

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil), anunciou no início da tarde desta quarta-feira (29) que será aberta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para tratar do crime organizado.

 

O anúncio ocorre um dia depois da operação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho e que deixou 119 pessoas mortas.

 

"Determinei a instalação da CPI do Crime Organizado para a próxima terça-feira (4)], em entendimento com o senador Alessandro Vieira. A comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções. É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país", comunicou Alcolumbre, em nota.

 

Mais cedo, o senador Alessandro Vieira (MDB) já havia falado sobre a CPI em suas redes sociais.

 

"Planos para assassinar mais autoridades em SP, guerra urbana com dezenas de mortos em 24h no RJ, avanço das facções no NO e NE, tudo consequência de décadas de abandono pelo poder público, corrupção e incompetência", escreveu Vieira, sem antecipar se pretende ocupar a presidência do colegiado.

 

"Essa tragédia tem solução, como mostram exemplos dentro e fora do Brasil, mas a construção de caminhos vai exigir coragem, conhecimento técnico, espírito público e união de esforços entre municípios, estados, união e sociedade civil. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional", continuou ele.

 

Na terça-feira (28), na esteira da situação do Rio de Janeiro, o Senado aprovou um projeto de lei que altera pontos do Código de Processo Penal e acrescenta critérios que o juiz precisa observar durante a audiência de custódia para decidir se o preso em flagrante deve ser solto ou se continuará preso preventivamente (sem prazo previamente determinado).

 

Segundo o senador Sergio Moro (União Brasil), relator do projeto, o objetivo de estabelecer critérios expressos na lei é "diminuir o número de solturas" após audiências de custódia.

 

"É necessário disciplinar melhor a audiência de custódia, que tem se tornado uma espécie de porta giratória para criminosos. Precisa de mais rigor. Há um excesso de solturas e isso tem gerado um sentimento de impunidade", disse Moro.

 

O mesmo texto também tratou da obrigatoriedade da coleta de material biológico para obtenção e armazenamento do perfil genético do custodiado.

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