“Se os militares quisessem intervir já teriam feito”, diz Abílio

O deputado federal eleito Abílio Júnior (PL) afirmou que não acredita que haverá intervenção militar contra o resultado da eleição presidencial deste ano.

Apesar de ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar eleito disse ser pouco provável que esta solicitação dos manifestantes bolsonaristas seja atendida pelas Forças Armadas.

“Eu cheguei até a falar para as pessoas que não acredito em intervenção militar. Acho pouco provável, porque o Brasil não aguentaria, talvez, os impactos de uma intervenção militar no mundo de hoje, não é a mesma coisa de 64”, afirmou à rádio Jovem Pan Cuiabá.

“Acredito que se os militares tivessem interesse em fazer essa intervenção já tinham feito, não esperaria o movimento sangrar o tanto que tem sangrado para buscar essa manifestação”, acrescentou.

Abílio ainda citou os impactos negativos que uma possível intervenção poderia causar ao Brasil, como sanções internacionais, que são as ações tomadas pelos países contra outros por razões políticas, de modo unilateral ou multilateralmente.

Acho pouco provável, porque o Brasil não aguentaria, talvez, os impactos de uma intervenção militar no mundo de hoje, não é a mesma coisa de 64

“Temos uma parcela significativa que votaram no Lula, ainda que eu não creia que ele tenha ganho, mas existe uma grande parcela da sociedade que votou nele e daria, sim, uma guerra civil interna”, disse Abílio.

Respeito aos manifestantes

Apesar de não acreditar que a solicitação dos bolsonaristas será atendida, Abílio defendeu o direito dos manifestantes de expressarem sua opinião.

“Eu respeito de verdade, porque são pessoas que são batalhadoras, são trabalhadoras e acreditam que serão muito prejudicadas com o Governo Lula", disse ele.

"Prova disso já é colocar o Mercadante no BNDS... Isso vai trazer um prejuízo para nós gigante. E outas ações...” afirmou se referindo a Aloizio Mercadante, indicado por Lula para assumir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).