O secretário de Infraestrutura de Cuiabá, Reginaldo Teixeira, afirmou que a crise financeira da Prefeitura impediu a execução de obras consideradas urgentes na Capital ao longo de 2025.

Ele admitiu que, embora a pasta tenha elaborado projetos, não houve caixa para tirar as intervenções do papel, especialmente em pontos críticos de alagamento em bairros como Jardim Cuiabá, Jardim Tropical e Boa Esperança, que possuem projetos prontos que não foram executados por falta de recursos.
"São projetos que trabalhamos o ano inteiro, mas não foi possível executar, porque não tivemos recursos suficientes. Tivemos um grande desafio ali na Secretaria que foi a questão financeira e isso não é segredo para ninguém. Isso impossibilitou de fazer muitos serviços que são urgentes e que a população precisa", disse o secretário em entrevista ao Programa Opinião, da TV Pantanal.
Teixeira também falou sobre um dos focos dos primeiros meses de gestão, que foi a operação tapa-buracos.
Questionado sobre a situação das vias da Capital, o secretário atribuiu o excesso de buracos à idade avançada da malha asfáltica. De acordo com o gestor, a maior parte das ruas de Cuiabá tem asfalto com mais de cinco anos de uso, o que causa a deterioração, principalmente durante o período de chuvas.
“Nós chegamos em todos os bairros de Cuiabá. Não ficou nenhum bairro sem chegar o tapa-buraco, mas nós temos uma malha asfáltica antiga em vários bairros da nossa cidade. Começa a chover, os carros começam a transitar e os buracos começam a abrir”, disse.
Ele disse que seis equipes trabalham simultaneamente na cidade e que, caso seja necessário, esse número vai aumentar.
Problemas no Orçamento
Para o próximo ano, a Secretaria de Infraestrutura sofrerá um corte de 62% em seu orçamento.
Enquanto em 2025 a previsão era de R$ 723,1 milhões, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 traz um valor reduzido para R$ 274,8 milhões.
Teixeira justificou a queda como um "ajuste à realidade", alegando que o orçamento anterior era fictício e não correspondia à arrecadação efetiva do Município. O secretário destacou que, diante da escassez, a prioridade foi o corte de despesas.
Segundo ele, a pasta encerra 2025 com uma redução de aproximadamente 30% nos gastos em comparação à média dos últimos cinco anos. O gestor pontuou que a secretaria não atingiu o teto orçamentário deste ano justamente porque a arrecadação da prefeitura ficou abaixo do esperado.
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