Servidores públicos que integram a carreira de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Mato Grosso não descartam a possibilidade de iniciar uma greve geral da categoria, caso o Governo não pague a reposição inflacionária (Revisão Geral Anual).
Conforme a legislação estadual, no mês de maio, o Governo deve dar a reposição referente à inflação do ano anterior. Desta forma, os salários dos servidores deverão ser acrescidos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2015, que foi de 11,27%.
A possibilidade de greve foi discutida em assembleia geral da categoria.

A paralisação pode atingir cerca de seis mil servidores públicos que atuam em praticamente todas as secretarias e autarquias do Estado, conforme o Sindes – sindicato que representa os profissionais da carreira de Desenvolvimento Econômico.
“Os servidores do Desenvolvimento Econômico e Social entendem que o RGA é um direito constitucional e deve ser pago de forma integral”, afirmou o presidente do sindicato, Adolfo Grassi, em nota encaminhada à imprensa.
“A categoria não concorda e não aceita o não-pagamento ou o parcelamento da recomposição por perdas inflacionárias”, completou o sindicalista.
Segundo ele, os profissionais estão em mobilização e em “estado de alerta” e irão aguardar uma nova reunião do Governo com o Fórum Sindical, previamente marcada para a primeira semana de maio.
Caso uma proposta de pagamento não seja apresentada, o movimento grevista poderá ser deflagrado.
“Fizemos uma assembleia preparatória para poder nos posicionar no encontro com o Fórum. Não vamos permitir que se mexa no RGA. O governador Pedro Taques tem um histórico de legalista, então queremos que ele cumpra a lei”, disse Grassi, ao MidiaNews.
“Esse RGA não é aumento, trata-se apenas de uma reposição do que já perdemos em relação a moeda. Queremos o percentual do INPC implantado agora em maio”, finalizou.
Pagamento
Até o momento, o Governo do Estado diz que ainda não há uma definição em relação ao pagamento do RGA.
Em entrevista recente, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou que o Governo está analisando, diariamente, o comportamento da receita do Estado como forma de buscar uma alternativa para o pagamento da reposição.
“Estamos vendo esse cenário econômico com muita preocupação. Estamos analisando todas as questões financeiras. É certo que o Governo tem vontade, mas ainda não decidiu sobre pagamento de RGA”, disse o secretário.
Confira na íntegra nota do Sindicato:
"NOTA DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA CARREIRA DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL DO ESTADO DE MATO GROSSO – SINDES/MT.
O SINDES/MT que representa cerca de seis mil servidores públicos no Estado de Mato Grosso, estando presente com sua força de trabalho em praticamente todas as secretarias governamentais e autarquias , vem a público INFORMAR que em decisão soberana da categoria em Assembleia Geral realizada na manhã desta segunda feira (18.04.16), deliberaram sobre o posicionamento do sindicato frente aos debates sobre o RGA/2016.
Os servidores do Desenvolvimento Econômico e Social entendem que o RGA é um direito constitucional e deve ser pago de forma integral.
A categoria NÃO CONCORDA E NÃO ACEITA o não pagamento ou o parcelamento da recomposição por perdas inflacionárias.
A carreira já está em MOBILIZAÇÃO e até a reunião do governo com o fórum sindical, também ficará em ESTADO DE ALERTA, não está descartada a PARALISAÇÃO GERAL DA CATEGORIA, caso o governo não apresente proposta de pagamento.
O SINDES informa ainda que continuará dialogando com os demais representantes sindicais e participando ativamente das discussões no fórum sindical, pois acredita que essa é uma grande oportunidade de fortalecimento do movimento em defesa dos direitos adquiridos dos servidores públicos do estado, que neste momento, estão sendo ameaçados pelo governo “legalista” de Pedro Taques.
Adolfo Grassi
Presidente SINDES/MT"
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14 Comentário(s).
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| SIMONE 06.05.16 11h26 | ||||
| "Possibilidade de greve"??? "Não está descartada a paralisação geral da categoria"??? Eu já me considero em greve. Sem RGA. Sem trabalho. Simples assim!!! E outra: para aqueles que não fazem questão do RGA, vcs podiam abrir mão desse aumento em prol daqueles que querem e precisam. | ||||
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| Sobrinho 30.04.16 13h19 | ||||
| Fico indignado com comentários que acusam funcionário público de oportunista...relapso...de trabalhar pouco e ter vantagens...quem diz isso não sabe o que passamos...pressão por produtividade, plantões exaustivos, escala reduzida, número mínimo de pessoal...temos que comprar alimentação...até café... Saibam que o café que o LEGALISTA nos manda é produto vencido...isso é imoral...não nos venham taxar com adjetivos pejorativos...nos valorizem...pq trabalhamos muito... | ||||
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| José Inocêncio 29.04.16 21h10 | ||||
| É simples, somente o Governo cumprir a Lei do RGA que tudo estará certo, não termos greve. Tem cada opinião ridícula de pessoas dizendo para o servidor pedir exoneração, só penso que os direitos de todos devem ser respeitados, da mesma forma que trabalhadores da iniciativa privada tem seus reajustes anuais com os servidores públicos seriam diferente por que ???? o Governo não apresenta números para justificar a necessidade de observar a LRF, está testando os servidores públicos. | ||||
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| Gilberto Galdino 23.04.16 10h06 | ||||
| Peçam transferência para o Rio de Janeiro. A média salarial do servidor público é notoriamente maior que na iniciativa privada, então parem de reclamar e vão trabalhar ou peçam exoneração! | ||||
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| João cuiabano 23.04.16 06h49 | ||||
| Agora , rga, "só queremos a revisão que é um direito", companheiros vamos pensar no próximo por favor, paremos de ser tão egocentricos, vivemos um momento de crise, não somente política mas tb um crise financeira, se aumentarmos 11% que é oque estavam programados, o estado a de quebrar, logo por favor senhores servidores, vamos pensar no estado, vamos pensar em grupo, que Deus ilumine a todos sempre. | ||||
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