"Só trocar o diretor não resolve o problema", diz Galindo

O prefeito Chico Galindo (PTB), afirmou, nesta sexta-feira (23),  que trocar os diretores do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá não é suficiente para colocar a unidade nos eixos. Por isso, ele firmou um contrato de terceirização de toda a gestão, que custará R$ 190 mil por mês aos cofres do Município.

"Faz 30 anos que estamos mudando gestores e nunca funcionou. Então, vamos modernizar e fazer algo diferente. Não vamos solucionar todos os problemas, mas vamos melhorar muito, economizar bastante e ganhar mais”, declarou o prefeito, durante entrevista coletiva, após lançar um "pacote" de obras na área da Saude Pública.

A empresa IGSR Assessoria e Consultoria Empresarial será responsável pela gestão da unidade hospitalar, a partir do dia 2 de abril. O processo licitatório foi realizado em 9 de março e o valor mensal pago à empresa vai variar entre R$ 140 mil e R$ 190 mil, de acordo com os resultados alcançados.

Segundo Galindo, a meta é zerar o déficit do hospital. “Queremos diminuir a despesa em R$ 1,5 milhão e aumentar a receita proveniente do SUS [Sistema Único de Saúde] em R$ 1,5 milhão. Assim, vamos sanar o déficit do Pronto-Socorro, que é de R$ 3 milhões mensais”, disse.

“É um investimento, não é uma despesa. Eu quero, daqui seis meses, dar uma entrevista coletiva e mostrar o quanto se gastava e o quanto estaremos gastando”, disse o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy, reclamou das críticas à decisão de terceirizar a gestão da unidade.

“Só contratei uma assessoria técnica, que não vai demitir nem contratar ninguém. Essa empresa faz consultoria para os hospitais Santa Rosa, São Mateus e Femina, que são referências em Cuiabá. Todo mundo critica o Pronto-Socorro. Aí, quando tentamos melhorar, também criticam”, desabafou.

Porém, ele confirmou que a contratação não foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde. “Para contratar consultoria, eu não preciso de autorização do conselho, pois se trata de uma decisão de gestão”, declarou.

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Pacote de obras

Em meio à polêmica da terceirização do Pronto-Socorro, Galindo lançou um pacote de obras para a Saúde, com investimento orçados em R$ 10 milhões.

Ele prometeu entregar, em 120 dias, as reformas e ampliações das policlínicas do Pascoal Ramos (R$ 500 mil), Coxipó (R$ 800 mil) e CPA (R$ 847 mil), e de 40 centros de Saúde.

Em 180 dias, ele planeja entregar duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que receberão recursos federais. Uma será no bairro Pascoal Ramos e outra, na Morada do Ouro. Cada UPA terá 18 leitos de urgência e emergência e, segundo Galindo, atenderão a toda a demanda de urgência na Capital.

Até o final do ano, a previsão é de entregar um Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) e cinco postos do Programa Saúde da Família (PSF).