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07.07.2011 | 09h49 Tamanho do texto A- A+

Sobrinho de deputado do PR exigia propina de 5%

PF apura atuação de Gledson Maia em desvios no órgão ligado à pasta dos Transportes no RN

MidiaNews/Divulgação

O diretor afastado Luiz Antôno Pagot, que vai perder o cargo após voltar de férias

O diretor afastado Luiz Antôno Pagot, que vai perder o cargo após voltar de férias

JOSÉ ESNESTO CREDENDIO
DA FOLHA DE S. PAULO, EM BRASÍLIA

Inquérito da Polícia Federal revela que um sobrinho do deputado federal João Maia (PR-RN) recebia propina de 5% em cima dos valores pagos a uma empresa contratada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

Este é um dos 74 inquéritos abertos pela PF para investigar desvio de verbas no órgão, vinculado ao Ministério dos Transportes, comandado até ontem pelo PR. O sobrinho do deputado, Gledson Maia, ocupava o cargo de chefe de engenharia do Dnit no Rio Grande do Norte.

O suposto esquema foi desbaratado no fim de 2010 pela Operação Via Apia e envolveu ao menos mais uma empresa e um consórcio de empreiteiras. O pagamento da propina ocorria logo depois que os valores eram liberados pelo governo. Segundo a PF, foram desviados cerca de R$ 2 milhões.

Gledson Maia deixou o cargo no fim do ano passado, após ser preso pela PF. Foi flagrado ao lado de uma churrascaria com o sócio de uma das empresas contratadas pelo Dnit. Na ocasião, foram apreendidos R$ 50 mil que seriam propina. 

Cobrança de 5%

Depoimentos e escutas telefônicas obtidos pela polícia indicam que ele "exigia" a comissão de 5% e que, assim que a empresa recebia do Dnit, "cobrava insistentemente" sua parcela.

No inquérito , são citados como possíveis fontes de propina as empresas Arteleste e ATP Engenharia, além do consórcio Constran-Galvão-Construcap, que foi contratado por R$ 172 milhões para duplicar um lote da BR-101.
Segundo a Polícia Federal, Gledson mantinha escondida em sua carteira de motorista uma possível "lista da propina", com nomes de empresas e valores. Também foi recolhido pelos policiais com Gledson um cheque de R$ 700 mil, assinado pelo seu tio deputado.

Na investigação, a PF apreendeu um outro cheque, de R$ 258,6 mil, com um funcionário do Dnit no Rio Grande do Norte. O canhoto foi encontrado com Túlio Beltrão Filho, dono da Arteleste, empresa do Paraná. De janeiro de 2009 até junho passado, a empresa recebeu R$ 58 milhões do Dnit. O empresário também foi preso.

Os pagamentos vinham ocorrendo desde ao menos o início de 2009, segundo testemunhas ouvidas pela PF.

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2 Comentário(s).

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ricardo  07.07.11 12h03
Do Parana vieram muita gente boa em compensação vieram muita gente atoa né Pagonit?
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JOAO CARLOS  07.07.11 11h34
ACONTECE QUE NESTE PAIS JÁ CULTURA LEVAR VANTAGEM, POLITICO CORRUPITO TEM QUE IR PRA CADEIA. NÃO É NOVIDADE ISTO QUE ESTAMOS VENDO NO PR O MENSALÃO TIROU O DIREITO DE JOSE DIRCEU NA POLITICA MAS NINGUEM ATE AGORA FOI PRA CADEIA E O QUE É PIOR O DINHEIRO SUMIU E QUEM PERDEU FOI A NAÇÃO BRASILEIRA QUE A CADA DIA O POVO FICA MAIS POBRE, LUIZ EDUARDO SENADOR QUE PERDEU O MANDATO ANDA DE FERRARI EM BRAISLIA E O PROCESSO JÁ TEM DEZ ANOS E NADA DE DEVOLVER O DINHEIRO PARA O PAIS OU IR PARA A CADEIA. VIMOS ESTA SEMANA A DIFERENÇA DE UM PAIS SERIO COMO EUA ERRO DEVOLVEU A FIANÇA PARA O ACUSADO MAS O PASSAPORTE CONTINUA RETIDO ATE QUE SEJÁ DEFINIDO EM INVESGITAÇÃO DEFINITIA A CULPA OU NÃO DO ACUSADO E DIGO MAIS EUA É UM PAIS RICO O BRASIL UM PAIS POBRE QUE SE DIZ RICO.
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