Cuiabá, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2025
ALVO DE AÇÃO
16.03.2019 | 16h25 Tamanho do texto A- A+

"Sou da velha guarda e o MPE quer nos eliminar", diz Romoaldo

Ação do Ministério Público Estadual pediu a cassação do mandato do parlamentar por desvio de verba

Alair Ribeiro/MidiaNews

O deputado Romoaldo Júnior, que foi alvo de mais uma ação do MPE

O deputado Romoaldo Júnior, que foi alvo de mais uma ação do MPE

CAMILA RIBEIRO E CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Romoaldo Júnior (MDB) sugeriu que o Ministério Público Estadual (MPE) estaria perseguindo-o em razão de ele ser um dos integrantes mais antigos da Assembleia Legislativa.

 

Na última semana, o MPE ingressou com uma ação de improbidade administrativa pedindo que os réus na Operação Ventríloquo – incluindo Romoaldo - devolvam o montante de R$ 19,8 milhões aos cofres públicos, a título de restituição de valores desviados e dano moral coletivo.

 

Na ação, a promotora Daniela Berigo Büttner Castor, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, ainda pede o afastamento do deputado do cargo, além da cassação de seu mandato.

 

Eu sou da ‘velha guarda’ e eles querem eliminar qualquer um que esteja aqui do passado. Muitas vezes, os promotores não concordam com o eleitor que me reconduziu a Assembleia

“Acho que vindo do MPE é normal. Eu sou da ‘velha guarda’ e eles querem eliminar qualquer um que esteja aqui do passado. Muitas vezes, os promotores não concordam com o eleitor que me reconduziu a Assembleia Legislativa, mesmo na condição de suplente”, disse o deputado.

 

Na última eleição, Romoaldo ficou como suplente e hoje ocupa a vaga que era do deputado Allan Kardec (PDT), que se licenciou para ocupar a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer.  

 

O deputado disse ainda ter recebido a ação com surpresa, já que os fatos são relativos à Operação Ventríloquo, que investigou desvios de R$ 9,48 milhões da Assembleia Legislativa nos anos de 2013 e 2014. 

 

“Ela alegou que eu poderia atrapalhar as investigações, eu já respondo isso desde 2015, não fui afastado. Não tem porque pedir afastamento. Acho que houve aí um exagero e um absurdo por parte da promotora”, disse o deputado.

 

Acusações

 

De acordo com a denúncia, entre 2013 e 2014, Romoaldo Júnior em parceria com os ex-deputados Mauro Savi e José Riva, além de outros denunciados, teriam constituído "organização criminosa" estruturalmente ordenada com objetivo de "saquear os cofres" da Assembleia.

 

Consta na ação que o grupo teria desviado dos cofres da Assembleia cerca de R$ 9.480.547,69 por meio do pagamento de uma dívida de um seguro contraído pelo Legislativo com o antigo Banco Bamerindus – atual HSBC.

 

Romoaldo afirmou que à época dos fatos realizou os pagamentos na condição de substituto da Presidência e após receber um parecer favorável da Procuradoria da Assembleia.

 

“Então, repito: estranhei essa posição dela de já pedir afastamento e a cassação, sendo que os fatos ocorridos foram em 2014, outro mandato. Fui deputado, me reelegi. Tenho certeza que vamos ter condição de defesa e lamento o MPE agir assim. Me coloco a disposição para todos os esclarecimentos”, concluiu.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

MPE aciona 16 por improbidade e pede afastamento de deputado

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