O vereador Toninho de Souza (PSD) questionou, durante a sessão da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (14), os critérios para a utilização de cartões corporativos pela Prefeitura de Cuiabá.
De acordo com o parlamentar, apesar de ter vetado o próprio salário, no início deste ano, que acabou sendo derrubado pela Câmara, o prefeito Mauro Mendes (PSB) deveria apresentar prestação de contas dos gastos feitos por meio dos cartões.
Além de ser usado pelo prefeito, Toninho afirmou que o benefício também pode ser utilizado por seu secretariado. O “limite” do cartão seria de R$ 8 mil.
Ao
MidiaNews, o vereador lembrou que cartões corporativos foram criados durante a gestão de Roberto França (1997-2004) e, de acordo com o Decreto nº 5.023/de 2011, do então prefeito Chico Galindo (PTB), o sistema passou por mudanças.
A partir de então, além do aumento dado por Galindo, foi definida a regularização da prestação de contas do benefício, que pode ser utilizado para viagens, por exemplo.
“Questiono dois pontos. O primeiro é que a Prefeitura justifique seus gastos; outro é que o prefeito explique por que afirmou ter boas condições financeiras e dispensou o aumento de seu salário e, agora, mantém o cartão corporativo”, afirmou o vereador.
Com a decisão da Câmara de derrubar o veto do prefeito que cancelava aumento salarial e, por efeito cascata, também barrava o aumento dos parlamentares, Mauro Mendes passou a ganhar R$ 15 mil. O índice significou um incremento de 46,6%.
Outro lado Durante a mesma sessão, o líder do prefeito no Legislativo, Leonardo Oliveira (PTB), defendeu Mendes e alegou que o prefeito não tem usado o cartão corporativo.
A justificativa também foi a mesma da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), que garantiu a não utilização do crédito tanto pelo prefeito quanto pelo seu secretariado.