Vice nega cansaço de vida pública, mas pondera: “Política não é profissão”

A uma semana do fim do prazo para os candidatos se filiarem a um partido político, o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) afirmou que ainda não definiu se seguirá na vida pública e se pretende ser candidato mais uma vez, mas admitiu que tem uma conversa adiantada com o Republicanos.

“Tem convite de alguns partidos e eu fico muito honrado com isso, mas ainda não decidi ainda se vou continuar na vida pública. Portanto, não decidi que partido me filiar”, disse em conversa com a imprensa, na última semana.

“O prazo para a filiação é até o final deste mês. Tenho conversado bastante com o Republicanos, é uma boa alternativa e tenho muitos amigos lá, mas tenho conversado com outros partidos também”, acrescentou.

Quero contemplar outros aspectos em que estou endividado comigo mesmo e com a minha família. E é isso que está me fazendo refletir bastante

Pivetta nega que o cargo o tenha “esgotado”, mas ponderou que é um trabalho que possui limitações e indicou que, apesar de lisonjeado com o convite do governador Mauro Mendes (União Brasil) para repetir a chapa de 2018 – caso ele decida concorrer à reeleição –, pode não aceitar a proposta.

“Me deixa muito envaidecido [o convite de Mendes], mas tenho que pensar no meu projeto de vida. Estou me sentindo bem porque estamos trabalhando bastante e eu consigo ajudar em algumas áreas”, disse.

“Poderia ajudar mais, mas o papel do vice é não avançar o sinal e eu tenho procurado me manter sempre olhando a linha do limite e me comportando como vice”, salientou.

Sem cansaço 

O vice-governador afirmou que o que mais pesa na sua decisão sobre continuar ou não no cargo por mais quatro anos é chegar a um “entendimento consigo mesmo”. Ele negou, porém, que esteja cansado da vida pública.

“Não se pode fazer da política uma profissão. Quero contemplar outros aspectos em que estou endividado comigo mesmo e com a minha família. E é isso que está me fazendo refletir bastante. De 0 a 10, a possibilidade é 5. Mas não estou cansado da vida pública”, disse.