Com a aprovação pela Assembleia Legislativa do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, na última segunda-feira (22), o Governo saiu vitorioso na disputa pela porcentagem do limite de remanejamento do Orçamento.

Pelo mecanismo de remanejamento, o Governo pode utilizar livremente até 20% do orçamento para alterar a destinação do uso dos recursos, sem precisar submeter à autorização dos deputados.
Entretanto, enquanto tramitava na Assembleia, os deputados queriam diminuir essa porcentagem para apenas 5%.
Por fim, o texto aprovado manteve os 20% solicitados. De acordo com o presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), os parlamentares deram um “voto de confiança” para o pedido do Governo, que alegou ser o último ano de gestão do governador Mauro Mendes (União).
“O Governo falou que era o último ano de governo Mauro Mendes e era importante essa suplementação", disse.
"Os deputados, na sua maioria, entenderam necessário dar esse voto de confiança do talvez início de um novo governo que possa estar assumindo e foi dado esse voto de confiança nos 20%”, acrescentou.
Max se referiu à troca de comando do Palácio Paiaguás, que pode acontecer em abril, com a renúncia de Mauro para concorrer ao Senado e com o vice Otaviano Pivetta (Republicanos) assumindo o cargo.
A LOA de 2026 estima a receita e fixa as despesas em R$ 40,79 bilhões. Os deputados adicionaram algumas emendas ao texto, que agora segue para sanção do governador Mauro Mendes, que poderá vetar alguns trechos.
A votação ocorreu após pressão do Legislativo em cima do Governo Mendes para que houvesse o empenho de todas as emendas parlamentares antes do fim deste ano. O Governo deve pagar R$ 624,8 milhões este ano aos parlamentares a título de emendas.
A aprovação ainda este ano permite com que o Executivo inicie o ano de 2026 com o orçamento em execução. O temor do Palácio Paiaguás era de que, em um ano eleitoral, o orçamento ficasse contingenciado por alguns meses, o que barraria uma série de entregas.
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