Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
REPASSE MENSAL
14.02.2017 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Zílio diz que recebeu propina de R$ 2,2 milhões de Marmeleiro

Segundo ex-secretário de Estado, eram repassados R$ 70 mil por mês; Silval recebia maior parte

Marcus Mesquita/MidiaNews

O ex-ssecretário de Estado César Zílio, que admitiu propina de posto de combustível

O ex-ssecretário de Estado César Zílio, que admitiu propina de posto de combustível

DOUGLAS TRIELLI
DA REDACÃO

Conforme revelou o MidiaNews com exclusividade, em abril do ano passdo, o ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio, relatou, em delação premiada ao Ministério Público Estadual (MPE), que recebeu cerca de R$ 2,2 milhões de propina do Auto Posto Marmeleiro Ltda., com sede em Cuiabá.

 

Segundo Zílio, os repasses mensais, de R$ 70 mil, foram feitos de janeiro de 2011 a agosto de 2013.

 

Pelo que sei informar, os valores dos gastos mensais eram sempre majorados de forma fraudulenta, sendo que o retorno da propina era repassado ao secretário e, de lá, ao Silval Barbosa

Aos promotores de Justiça do MPE, César Zílio contou entregava cerca de 70% do valor, todo mês, diretamente nas mãos do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

 

Depois de dois anos e oito meses pegando a propina em nome do então governador, ele recebeu, em setembro de 2013, uma ordem para não mais receber os valores mensais.  

 

Conforme Zílio relatou, a partir daquele mês, os R$ 70 mil seriam recebidos por Pedro Elias Domingos de Mello, servidor da SAD, que, mais tarde, assumiu o comando da pasta.

 

Pedro Elias foi preso pela Polícia Fazendária, no último dia 22, e também negociaria uma delação premiada.

 

Sinfra

 

O ex-secretário da SAD, que foi preso no dia 11 passado e colocado em liberdade após o início da delação, afirmou ao MPE que grande parte do combustível gasto pelo Estado se concentrava na Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura), na gestão de Cinésio de Oliveira.

 

Segundo o delator, existia um programa de patrulhas no interior, composto de máquinas como patrol, caminhão, pá-carregadeira, trator de esteira e de pneu e veículos de apoio.

 

Essas patrulhas prestavam serviços de restauração e conservação de rodovias não pavimentadas.

 

“Pelo que sei informar, os valores dos gastos mensais eram sempre majorados de forma fraudulenta, sendo que o retorno da propina era repassado ao secretário e, de lá, ao Silval Barbosa”, disse Zílio, no documento entregue ao MPE.

 

Ele ressaltou que o volume de recursos operados pela Sinfra era “muito grande”. E destacou que “dali saiam altas somas de retorno” do Auto Posto Marmeleiro Ltda.

 

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2 Comentário(s).

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Germano Arruda da Costa  14.02.17 13h38
Me desculpem a minha ignorancia mas eu não consigo entender mais nada da justiça. O sujeito confessa o crime mas tá solto. O outro é suspeito e tá morto. E pq delação desses sujeitos confessos é valida? a palavra deles tá ditando as regra ainda que já tenha sido comprovado a sua participação.
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Mário  14.02.17 10h47
Certo ele, errado você que votou em Silval!
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