A orca Kshamenk vive há mais de três décadas confinada em um tanque no parque aquático Mundo Marino, em San Clemente del Tuyú, na Argentina.
Desde a morte de sua companheira, em 2000, o animal permanece sozinho.
Ele passou a ser conhecido como "a orca mais solitária do mundo".
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Vídeos divulgados recentemente mostram a orca quase imóvel na piscina, onde vive desde 1992.
Especialistas afirmam que o espaço reduzido causou deformações no corpo do animal, que está impossibilitado de nadar em profundidade.Kshamenk é a última orca em cativeiro na América do Sul.
Uma petição com mais de 42 mil assinaturas pede sua libertação. Apesar disso, o aquário argentino afirma que o animal está com ótima saúde.
O ativista Phil Demers, cofundador da ONG UrgentSeas, classificou a situação como desesperadora. Em entrevista ao jornal The Sun, ele exaltou sua indignação.
Segundo ele, Kshamenk se apresenta ao público duas vezes por dia, em troca de comida. Depois disso, permanece sem estímulo algum, isolado.
"Ele não tem contato com outros da mesma espécie. Uma orca macho, na natureza, vive toda a vida a poucos metros da mãe", explicou Demers.
Imagens divulgadas pela ONG há algumas semanas, mostram a orca deitada no tanque por 24 horas, sem se mover.
Em outro registro, um golfinho nada ao seu redor, enquanto Kshamenk permanece inerte. Veja abaixo um vídeo de fevereiro deste ano.
De acordo com o projeto Dolphin Project, o corpo de Kshamenk apresenta curvaturas visíveis. Isso seria resultado direto dos anos em um espaço inadequado.
O que diz o parque
O parque Mundo Marino nega todas as acusações.
"Em junho de 2025, Kshamenk se encontra em excelente estado de saúde. Uma equipe composta por três veterinários e oito cuidadores, com o apoio de sete especialistas externos, realiza exames mensais como parte de um rigoroso plano de medicina preventiva", disse o estabelecimento em nota.
Kshamenk foi resgatado em 1992, quando ainda era filhote. Segundo o parque, ele estava encalhado e debilitado.
"Kshamenk foi resgatado (...) em uma área de solo pantanoso na Baía de Samborombón. A reabilitação foi complicada e exigiu um longo tratamento, tanto para sua saúde física quanto para seu bem-estar mental, devido ao estresse do encalhe e à perda de seu grupo familiar.
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